1975 – O ano marcado na “tabela de tempo de Deus”

Introdução

Revista Despertai! de 22 de abril de 1969, pág. 13 (Veja a NOTA)

Algumas Testemunhas de Jeová de hoje tendem a minimizar o que foi dito pela liderança da organização sobre o ano de 1975 nos anos anteriores a essa data. Isto se deve a vários fatores, sendo um deles o desconhecimento de quão longe foi esse assunto. É verdade que se publicaram notas de cautela alertando as pessoas a não serem muito específicas sobre o que poderia ocorrer naquele ano, mas é também fato que se publicou muita matéria encorajando expectativas – e os mais expostos a isso foram justamente as Testemunhas de Jeová que estavam ativas na organização.

Este artigo apresenta uma série de trechos de declarações (com grifos acrescentados) – a maioria delas publicada no antigo periódico Ministério do Reino (uma publicação mensal que se destinava apenas a Testemunhas de Jeová e não ao público). A série mostra até que ponto os membros da organização na época foram expostos à ideia de que o ano de 1975 não passaria sem vir o Armagedom.

Referências no periódico “Ministério do Reino”

Tudo começou com o lançamento do livro Vida Eterna – Na Liberdade dos Filhos de Deus em 1966. A tabela cronológica que o livro continha, apontando o final de 6.000 anos da história humana em 1975, junto com comentários  de que essa data poderia muito bem representar o início do governo milenar de Cristo, criou um senso de urgência entre as Testemunhas de Jeová que se refletiu nas publicações posteriores da organização.

Parte final da tabela cronológica do livro Vida Eterna – Na Liberdade dos Filhos de Deus (pág. 35)

O Ministério do Reino de abril de 1967 disse na carta enviada pelo escritório (pág. 1):

A assembléia “Filhos da Liberdade de Deus” contribuiu muito para a edificação de todos nós, e depois de recebermos tanto conselho e instrução, simplesmente temos de compartilhar estas boas novas com outros…

Uma boa maneira de ajudar todos os publicadores e estudantes qualificados a participar na obra em abril seria fazer bons arranjos de serviço para o trabalho com as duas revistas especiais. “A Sentinela” de 15 de abril tem o discurso público da assembléia: “O Milênio da Humanidade sob o Reino de Deus.” Queremos fazer uma ampla distribuição dêste número especial para que todos tenham a oportunidade de apreciar estas verdades sôbre o nosso futuro.

Acreditamos que os irmãos gostarão muito do número especial de “Despertai!” [22 de abril de 1967] também. A revista inteira se dedica a responder à pergunta: Por Que Será que Deus Permite a Iniquidade?

No subtítulo “Os 6.000 Anos Terminam em 1975” (págs. 19 e 20), essa revista desenvolvia o raciocínio de que o milênio coincidiria com os últimos 1.000 anos de um dia de descanso de Deus de 7.000 anos:

A Bíblia mostra que quando Deus começou a moldar a terra para a habitação humana, trabalhou seis “dias”, ou períodos de tempo. Segundo as indicações da Palavra de Deus, cada um tinha, pelo que parece, 7.000 anos de duração. Então, Gênesis 2:2, declara que Jeová “passou a descansar no sétimo dia de tôda a sua obra que fizera”. Êste sétimo dia, o dia de descanso de Deus, estende-se já por quase 6.000 anos, e ainda há a decorrer o reinado de 1.000 anos da existência do homem pode bem ser assemelhado a um grande dia sabático, representado pelo dia sabático que Deus ordenara que o Israel antigo guardasse depois de trabalhar por seis dias. (Êxo.20:8-10; 2 Ped. 3:8) Após seis mil anos de labuta e escravidão ao pecado, à enfermidade, à morte e a Satanás, a humanidade há de usufruir um descanso e bem que precisa mesmo de um descanso. (Heb. 4:1-11) Por conseguinte, estarmo-nos aproximando do fim dos primeiros 6.000 anos da existência do homem é algo de grande significado.

Será que o dia de descanso de Deus decorre paralelamente ao tempo em que o homem tem estado na terra, desde sua criação? Parece que sim. Segundo as investigações mais fidedignas da cronologia bíblica, harmonizadas com muitas datas aceitáveis da história secular, descobrimos que Adão foi criado no outono do ano 4026 A.E.C. Em algum tempo naquele mesmo ano, Eva bem que poderia ter sido criada, logo após o que começou o dia de descanso de Deus. Em que ano, então, terminariam os primeiros 6.000 anos do dia de descanso de Deus? No ano de 1975. Isto é digno de nota, especialmente em vista de que os “últimos dias” começaram em 1914, e que os fatos físicos de nossos dias, em cumprimento da profecia, marcam esta como a última geração deste mundo iníquo. Por conseguinte, podemos esperar que o futuro imediato esteja cheio de eventos emocionantes para aquêles que depositam sua fé em Deus e em suas promessas. Isto significa que dentro de relativamente poucos anos testemunharemos o cumprimento das profecias restantes que têm que ver com o “tempo do fim”.

O artigo principal “Tanto Mais Quanto Vedes Chegar o Dia” no Ministério do Reino de setembro de 1967 disse na página 1:

Está contente de ter permanecido fiel até agora? Certamente! … Se fôr assim qual deve ser nossa atitude quanto a nos reunirmos nos dias à frente ao se aproximar o fim do velho sistema e aumentarem as pressões de fora? O apóstolo Paulo dá a resposta. Leia cuidadosamente Hebreus 10:23-25 e note o encorajamento de Paulo para se juntar e edificar um ao outro e para fazer assim “tanto mais quanto vêdes chegar o dia”. Obviamente, então, precisaremos dar ainda mais atenção para apoiar a casa de Deus nos dias por vir.

O artigo principal “Apresentando-se Voluntariamente” no Ministério do Reino de  março de 1968 (pág. 1) disse:

“Para o quê?” – talvez pergunte. Para fazer a obra de pregação do Reino. O tempo que resta é curto, e, como ordenou Jesus, “têm de ser pregadas primeiro as boas novas”, antes que chegue ao fim o velho sistema de coisas. (Marcos 13:10) É verdade que há mais de 46.000 ajudadores no campo, neste país, mas sabemos que concordará que se precisam de mais para se fazer o serviço cabalmente.

O Ministério do Reino de maio de 1968 continha um encarte intitulado “Oportunidade de Aumentar Sua Felicidade” (págs. 3-6), que incentivava as Testemunhas a ser “Pioneiros de Férias”. A matéria continha as seguintes declarações:

Visto que nos dedicamos a Jeová, desejamos fazer Sua vontade ao máximo possível. Despender esfôrço especial de fazer mais do que o usual nos ajuda a viver à altura de nossa dedicação. Em vista do curto período de tempo que resta, desejamos fazer isso tão amiúde quanto as circunstâncias o permitam. Apenas pensem, irmãos, restam menos de noventa meses até que se completem os 6.000 anos da existência do homem na terra. Lembram-se do que aprendemos nas assembléias no verão passado? A maioria das pessoas que vivem atualmente estará viva provavelmente quando irromper o Armagedom, e não há esperança de ressurreição para os que forem destruídos então. Assim, agora, mais do que nunca, é vital não desconsiderar aquêle espírito de querer fazer mais.

É óbvio que a organização estava encorajando fortemente as Testemunhas a acreditarem que Cristo iniciaria seu governo milenar muito em breve, provavelmente por volta do começo de outubro de 1975.

No Ministério do Reino de junho de 1968 tanto a carta do escritório quanto o artigo principal (com o título “Ajudar Outros na Alegre Marcha para o Milênio da Humanidade”) fizeram referência a isso, conforme se pode ver nas seguintes declarações (pág. 1):

Devemos ir além disso? Sim, e que excelentes oportunidades estão abertas para nós! Muitas pessoas semelhantes a ovelhas em nossos territórios precisam ser encontradas, alimentadas e ajudadas na alegre marcha para o milênio da humanidade

Participamos com grande prazer com os irmãos ‘na alegre marcha para o milênio da humanidade’.

A revista A Sentinela de 1º de novembro de 1968 foi bem específica sobre quando Adão e Eva foram criados. Debaixo do subtítulo “O Sétimo Dia” (pág. 659), a pergunta de estudo para o parágrafo 4 era: “Quando foram criados Adão e Eva?” Os parágrafos 4 a 6 responderam:

… Assim, dar Adão nome aos animais e compreender que precisava de alguém correspondente teria levado apenas breve período de tempo depois de sua criação. Visto que o propósito de Jeová para o homem também era que êste se multiplicasse e enchesse a terra, é lógico que criaria Eva pouco depois de Adão, talvez apenas algumas semanas ou meses mais tarde, no mesmo ano, 4026 A. E. C. Depois de sua criação, o dia de descanso de Deus, o sétimo período, seguiu-se imediatamente.

Por conseguinte, o sétimo dia de Deus e o tempo em que o homem tem estado na terra, pelo que parece, decorrem paralelamente. Para calcular onde o homem se acha na corrente de tempo em relação ao sétimo dia de Deus de 7.000 anos, precisamos determinar quanto tempo decorreu desde o ano da criação de Adão e Eva em 4026 A. E. C.

… O sétimo dia da semana judaica, o sábado, bem prefiguraria o reinado final de 1.000 anos do reino de Deus sob Cristo, quando a humanidade será soerguida dos 6.000 anos de pecado e de morte. (Rev. 20:6) Por isso, quando os cristãos notam pela tabela cronológica de Deus o fim aproximador dos 6.000 anos da história humana, isso os enche de expectativa. Isto se dá especialmente porque o grande sinal dos “últimos dias” tem estado em cumprimento desde o comêço do “tempo do fim” em 1914.

A enciclopédia Ajuda ao Entendimento da Bíblia (lançada em inglês em 1969, predecessora do Estudo Perspicaz das Escrituras) indicou que Adão e Eva foram criados no mesmo ano. No verbete “Cronologia”, disse que o tempo desde a criação de Adão até o nascimento de Sete foi de 130 anos, e sob o verbete “Eva”, disse que aos 130 anos Eva deu à luz Sete.

O folheto de 1969 A Paz de Mil Anos Que Se Avizinha foi outra  publicação bem taxativa sobre 1975. Nas páginas 25 e 26 ele dizia:

Mais recentemente, pesquisadores sérios da Bíblia Sagrada verificaram novamente a sua cronologia. Segundo os seus cálculos, os seis milênios da vida da humanidade na terra terminariam nos meados da década de mil novecentos e setenta. Portanto, o sétimo milênio a partir da criação do homem por Jeová Deus começaria em menos de dez anos

A fim de que o Senhor Jesus Cristo seja ‘Senhor até do Sábado’, seu reinado de mil anos terá de ser o sétimo de uma série de períodos de mil anos ou milênios.

Note-se o discurso: para Jesus ser o Senhor do sábado, seu reinado Milenar terá de ser (não “poderá ser”) o sétimo de uma série. Esta é outra declaração bem taxativa.

Entre os mais fortes incentivos sobre a urgência de 1975 inclui-se o artigo “Por que está aguardando 1975?” na revista A Sentinela de 15 de fevereiro de 1969. Observe que a pergunta não era “Está aguardando 1975?”, e sim “Por que está aguardando 1975?” Esta é uma indicação clara de que a liderança da organização havia dito às Testemunhas de Jeová que deveriam aguardar 1975. E muitas Testemunhas de Jeová levaram isso bem a sério!

Capa da revista Despertai! de 22 de abril de 1969
Revista Despertai! de 22 de abril de 1969, pág. 13

A revista Despertai! de 22 de abril de 1969 era uma edição especial sobre o tópico Já é Mais Tarde do Que Imagina? Ela continha um artigo intitulado O Que Trará a Década de 1970? que dizia, debaixo do subtítulo Quando Findam os 6.000 Anos?:

“Segundo fidedigna cronologia bíblica, Adão e Eva foram criados em 4026 A. E. C.

Observe como essa declaração em negrito é definitiva, em contraste com uma declaração semelhante em negrito no parágrafo citado acima da Despertai! de 22 de abril de 1967. Porém, o artigo prosseguiu com algumas palavras de cautela:

“Será que isto significa que a evidência acima positivamente indica 1975 como o tempo do fim completo deste sistema de coisas? Visto que a Bíblia não declara isto especificamente, nenhum homem pode afirmá-lo. Não obstante, podemos estar seguros do seguinte: A década de 1970 certamente presenciará os tempos mais críticos que a humanidade já conheceu. O agravamento das relações humanas — nas famílias, nas comunidades, nas cidades e nas nações, e entre nações — piorará e não melhorará. (2 Tim. 3:13) Se a década de 1970 presenciar a intervenção de Jeová Deus para pôr fim ao mundo corrupto que se move no sentido da desintegração final, isso certamente não nos deve surpreender.”

Na página 15 a revista apresentava este diagrama cronológico:

E entre as observações concludentes, incluíram-se estas (pág. 29):

Nos congressos de distrito de 1968, a organização havia instituído um novo programa de estudo bíblico de seis meses que seria baseado no novo livro “Verdade” —  A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, que foi apelidado de “bomba azul”. Este programa foi o resultado direto de agir com base na crença de que os tempos eram particularmente urgentes.

O Ministério do Reino de fevereiro de 1969 (pág. 4) deu detalhes do novo programa no artigo “Nôvo Conceito Sobre Estudos Bíblicos” na seção “Apresentando as Boas Novas”:

Estudos bíblicos domiciliares gratuitos são o distintivo das testemunhas de Jeová em todo o mundo. Quão útil tem sido esta obra de ajudar centenas de milhares de pessoas a obter conhecimento exato da verdade e a tomar sua posição ao lado de Jeová! Mas, o tempo se está esgotando agora para êste velho sistema de coisas e nós queremos ajudar a quantas ovelhas pudermos a aprender a verdade e a agir em conformidade com ela enquanto houver tempo.

De modo que temos uma nova maneira de usar a obra de estudos bíblicos. Sim, ainda é gratuita. Mas, conforme sugerido nas assembléias de distrito “Boas Novas para Tôdas as Nações”, êste verão, procuraremos ajudar a quantos for possível, por meio dum programa de estudo bíblico de seis meses.

Para conseguir isso, esforce-se a realizar seus estudos cada semana. Quando surge algo inevitável e tiver de perder um estudo, talvez outro publicador, conhecido do morador, possa dirigir o estudo naquela semana. O progresso está diretamente relacionado com a regularidade do estudo. Tenha em mente ajudá-los a aprender o bastante da verdade para que possam decidir-se dentro de seis meses…

Sempre mantenha perante os interessados a importância de começarem a associar-se com o povo de Jeová nas reuniões. Se ao fim de seis meses de estudo intenso e esfôrço consciencioso para trazê-los às reuniões, eles ainda não estão se associarem com a congregação, então talvez seja melhor usar seu tempo para estudar com alguém que realmente deseja aprender a verdade e fazer progresso. Tome por alvo apresentar as boas novas nos estudos bíblicos de tal modo que os interessados tomem ação dentro de seis meses!

Muitas Testemunhas de Jeová não ficaram contentes com esse novo arranjo, porque era muito difícil conseguir estudantes da Bíblia na melhor das hipóteses. Para os que queriam se qualificar para o serviço de pioneiro, era especialmente difícil porque um dos requisitos era manter vários estudos bíblicos regulares, de modo que os aspirantes a pioneiros precisavam manter todos os estudantes que tivessem. Antes dessa época, não era incomum alguém continuar como estudante por dois a cinco anos antes de tomar uma decisão.

O Ministério do Reino de junho de 1969 enfatizou de novo a urgência do novo arranjo de estudo e deixou claro que os publicadores deveriam interromper os estudos que eram improdutivos depois de seis meses. Esse foi um método duplo que fez com que os publicadores fossem pregadores de porta em porta mais entusiásticos e obrigou os estudantes a realmente pensarem sobre o que estavam aprendendo. O artigo “No Pouco Tempo que Resta” na seção “Apresentando as Boas Novas” (pág. 4) deu sugestões sobre como apresentar o livro Verdade:

Quantas vezes trabalha sua congregação o território que tem? Chega a visitar cada lar pelo menos três vezes por ano? Trata-se cada vez de uma cobertura cabal, entrando-se em contato com os que não estiveram em casa da primeira vez e falando-se com os diversos ocupantes da casa? Em vista do pouco tempo que resta, isto nos faz parar e pensar, não é verdade?

Também,, depois de ter encontrado pessoas interessadas e ter iniciado com elas estudos bíblicos domiciliares, pense em quanto tempo leva para ensinar-lhes a verdade, levá-las até a dedicação e o batismo, treiná-las no ministério de campo e ajudá-las a progredir à madureza! Sim, todos nós faremos bem em pensar sériamente em têrmos AGORA uma boa parte na obra de porta em porta, não adiando até mais tarde. – Mar. 13:10.

Há outras razões para participarmos plenamente na obra de porta em porta. Com o método melhorado de se dirigirem estudos bíblicos domiciliares, muitos estudantes farão a sua decisão muito mais cedo do que costumavam fazer no passado. Alguns mostrarão ter a necessária iniciativa e agirão. Progredirão à madureza muito mais rapidamente  e se poderá parar o estudo mais cedo. Outros não agirão à base do conhecimento obtido e nós descontinuaremos o estudo. Assim,. a questão não será a de dirigir um estudo por anos, como fizeram alguns no passado, mas, terminar-se-ão estudos e haverá necessidade de iniciar novos. Isto exigirá um trabalho regular e eficiente de porta em porta, para que se iniciem êstes novos estudos. Será bom dirigir mais de um estudo por vez, para que sejamos regulares nesta fase da obra e assim sempre estejamos ensinando a alguém a verdade, se um de nossos estudos fôr descontinuado.

A organização publicou o artigo “Já tem estudado por seis meses?” na revista A Sentinela de 15 de novembro de 1969 (págs. 693-696). Ela era voltada para novos estudantes das Testemunhas de Jeová e fornecia aos publicadores informações úteis para fazer com que seus estudantes tomassem uma decisão. De novo a ideia era que uma decisão era necessária devido à urgência dos tempos. O artigo dizia:

ESTÁ entre as mais de um milhão de pessoas que atualmente são ajudadas pelas testemunhas de Jeová a aprender os ensinos da Bíblia Sagrada? Se estiver, é provável que tenha usado a ajuda bíblica A Verdade Que Conduz à Vida Eterna. Sem dúvida lhe tem ajudado a aprender muitas das coisas maravilhosas a respeito de Deus e de sua vontade para com a humanidade.

Se já tiver estudado a Bíblia por cerca de seis meses, já deve estar em condições de decidir se vai ajustar-se ao que aprendeu. Deseja realmente tornar-se adorador dedicado e batizado de Jeová Deus e deseja partilhar com outros as verdades vitalizadoras da Palavra de Deus? …

A DECISÃO É AGORA VITAL

A urgência dos tempos em que vivemos exige que façamos todo o possível para harmonizar nossa vida com a vontade de Deus. A base daquilo que aprendeu sabe por que este sistema de coisas se deteriora rapidamente diante dos nossos olhos. Conhece o significado do desassossego e da crescente violência em toda a terra. Tudo isso mostra que chegamos à beira da destruição que limpará a terra, a respeito da qual Jesus e os escritores da Bíblia profetizaram!

Este é o tempo mais sério da história humana, e está vivendo neste tempo de mudança. “O mundo está passando”, diz a Bíblia, mas os que ‘fazem a vontade de Deus permanecerão para sempre’. (1 João 2:17) Seu estudo da Bíblia tem por fim equipá-lo para aprender a vontade de Deus, para que a possa fazer. Sim, há um objetivo atrás do estudo; há um futuro ligado a ele…

Em vista do pouco tempo que resta para fazerem a sua obra, as testemunhas de Jeová não continuam a estudar a Bíblia com alguém que não age dentro de seis meses em harmonia com a sua mensagem urgente. A proximidade do fim deste sistema de coisas as compele a usar seu tempo da maneira mais eficiente possível. Por isso se sentem obrigadas a gastar seu tempo visitando outro que talvez aja por freqüentar as reuniões no Salão do Reino e por falar a outros sobre as verdades bíblicas aprendidas. Portanto, pode acontecer que, se ainda não tiver correspondido por freqüentar regularmente algumas das reuniões de congregação, aquele com quem estuda a Bíblia cancele o arranjo do estudo, a fim de dedicar seu tempo a outra pessoa. Tal arranjo não tem por objetivo ser rude, mas é exigido pela urgência dos tempos em que vivemos. Há milhões de pessoas que necessitam de ajuda espiritual e os servos de Deus querem entrar em contato com o máximo número possível delas.

Exortamo-lo, portanto, a examinar bem cuidadosamente a sua posição. Iniciou um curso de estudo que lhe abriu a oportunidade magnífica de vida para sempre, em felicidade eterna. (João 17:3) Se amar a Deus e apreciar a sua provisão da vida eterna, não vire as costas para ela. Reconheça que Deus lhe tem mostrado muita consideração por tornar possível que alguém chegasse ao seu lar para lhe ajudar a aprender a Sua vontade e os Seus propósitos. Corresponda ao seu amor divino por se decidir agora a fazer a Sua vontade, em companhia de toda a associação dos que servem a Deus “com espírito e verdade”. — João 4:23, 24.

O Ministério do Reino de agosto de 1969 deu continuidade a isso com o artigo “Já Estuda com Êles Por Seis Meses?” (pág. 3). Instruiu os publicadores que estavam estudando o livro Verdade com novos por mais de seis meses a avaliar como o estudante estava indo. Depois de considerar alguns detalhes negativos, o artigo perguntou se o estudate se encaixava neles e disse:

Nesse caso, o fato de que não se completou o livro não não é razão válida para se gastarem mais de seis meses com tal pessoa que não tem apreço. Talvez seja melhor passar para o capítulo quatorze, se ainda não tiver sido estudado; estudem-no juntos, e então termine o estudo, se o morador não tomar atitude positiva de se associar regularmente com a congregação… Começou o estudante a associar-se com a congregação local de maneira significativa? … Demonstrou o morador que assimila a verdade no coração e que fixou a mente em servir a Jeová? Como? Se antes tinha imagens na casa, já as removeu? … Se o morador não tomou atitude positiva, é provável que o estudo deva ser descontinuado.

Se estiver pensando em descontinuar determinado, talvez seja bom que use um ou dois períodos de estudo para ter com o estudante uma palestra de coração a coração sôbre as coisas que aprendeu, seu significado e a urgência dos tempos, em vez de prosseguir com o estudo regular de matéria adicional … nossa obra é urgente e temos a responsabilidade, perante Deus, de usar nosso tempo para ajudar os que realmente o querem servir… Reconhecemos a urgência do trabalho que fazemos. Quando as pessoas mostram pela sua ação que desejam fazer a vontade de Jeová, continuaremos a ajudá-las. Quando não se vê nenhum progresso substancial, então, em vez de prosseguir com o estudo, faremos bem em gastar êsse tempo, cada semana, procurando outro sinceramente interessado em fazer algo a respeito da verdade e ajudando-o.

Ministério do Reino de dezembro de 1969, pág. 1. (Note o texto citado ao pé da página.)

O Ministério do Reino de dezembro de 1969 disse na página 3 (encarte intitulado “Serviço de Tempo Integral – Oportunidade Esplêndida Para Jovens):

Em vista do pouco tempo que resta, a decisão de seguir uma carreira neste sistema de coisas não só não é sábia, mas também extremamente perigosa. Por outro lado, a decisão de aproveitar o que Deus oferece por meio de sua organização apresenta excelente oportunidade para progresso, bem como uma vida rica, cheia de significado, que nunca findará.

O Ministério do Reino de janeiro de 1970, continha estes trechos nas págs. 3, 4:

Há uma grande obra a fazer no curto período que resta antes do Armagedom, para se ajudar os que Jeová chama de “meu povo” a sair com urgência de Babilônia, a Grande, e então gozar da felicidade derivada do conhecimento da verdade que conduz à vida eterna, e de servir a Jeová…

Sentimos hoje a urgência de nosso trabalho. Dizemos junto com Pedro: “Tem-se aproximado o fim de todas as coisas.”

O senso de urgência foi eficaz para fazer com que alguns estudantes tomassem uma decisão. A revista A Sentinela de 1º de fevereiro de 1970 (pág. 124) disse:

Até mesmo pessoas que já por anos estudam a Bíblia com as Testemunhas sem terem agido segundo o que aprenderam estão agora tomando uma posição decisiva para servir a Jeová. Uma família, no sul dos Estados Unidos, que havia estudado com as Testemunhas por três anos, havia feito muito pouco com aquilo que aprenderam. Mas, quando foram informados sobre o novo arranjo de estudo bíblico por seis meses ficaram visivelmente emocionados. Então, pela primeira vez, deram-se conta do verdadeiro senso de urgência. Não podiam suportar a idéia de se cortarem todas as suas relações com o povo de Jeová. Por isso enviaram uma carta de renúncia à igreja batista, pois sabiam que ali não se lhes ensinava a verdade bíblica. Começaram a freqüentar todas as reuniões bíblicas das testemunhas de Jeová e a participar a outros as coisas que aprenderam.

O artigo principal “O Tempo Que Resta é Reduzido” no Ministério do Reino de fevereiro de 1970 de novo deu continuidade ao senso de urgência (pág. 1):

O tempo está passando rapidamente, não está? Ora, cada dia que passa nos leva um dia mais perto do fim deste sistema iníquo de coisas e um dia mais perto do tempo em que começará a paz de mil anos.

O Ministério do Reino de março de 1970 disse na pág. 1:

Deveras, precisamos ajudar a todos os que podemos, a escapar de Babilônia, a Grande e a entrar na organização de Deus. Agora é tempo de ação, porque é urgente que estas boas novas sejam pregadas antes que venha o Armagedom sobre todas as nações.

Esta mesma edição continha um encarte intitulado “Usufrua o privilégio de ser pioneiro de férias”. Entre as comentários usado para motivar as Testemunhas a empreenderem esta atividade, incluíram-se os seguintes (págs. 3, 4):

Embora o desejo de ter a alegria que acompanha o serviço de pioneiro tenha motivado a alguns publicadores a serem pioneiros de férias, muitos mais ainda apresentam o que se pode chamar de motivos mais profundos e mais compulsivos. Falam da “urgência dos tempos” ou do desejo consciencioso de harmonizar a sua vida mais com a vontade e a obra de Jeová…

Por exemplo, um irmão o expressa do seguinte modo: “Compreendo, conforme a Bíblia mostra, que ainda há uma grande obra de resgate a fazer no pouco tempo que resta

Certo pioneiro disse: “Comecei a dar-me conta de que eu gastava quarenta horas por semana num emprego secular que em breve se desfaria em fumaça, no Armagedom, e eu não teria nada em troca disso. Por isso larguei o meu emprego e comecei a ser pioneiro de férias, e depois me tornei pioneiro regular.”…

Um jovem pioneiro escreveu: “Durante os meus últimos anos na escola secundária, comecei a pensar seriamente numa carreira. Sabendo que este velho sistema se aproximava rapidamente da destruição, não quis ficar envolvido com ele. Decidi ser pioneiro.”

Para incentivar os novos ingressantes na organização a participar no serviço de pregação, esta mesma edição do Ministério dizia na página 6:

Lembre-se de que a organização de Jeová no céu e na terra apóia os que servem a Jeová com a proclamação das “boas novas”. (Rev. 14:6, 7) Reconhecemos, como também reconhece, que já estamos muito avançados no “tempo do fim”. Resta pouco tempo a este velho sistema de coisas.

A carta do escritório da filial da organização “Prezados Co-publicadores”, publicada no Ministério do Reino de abril de 1970 disse (pág. 1):

É deveras maravilhosa a obra que Jeová está realizando nestes dias, para o Seu louvor e para a salvação das pessoas que amam a justiça… É bem evidente que é do propósito de Jeová que seja dado um grande testemunho no pouco tempo que resta.

A caixa “Perguntas Respondidas” do Ministério do Reino de abril de 1970 (pág. 4) introduziu a questão: “Como devemos proceder para terminar estudos bíblicos infrutíferos?”, e daí respondeu:

Devemos pensar nesta questão, se alguns dos nossos atuais estudos já estiverem em progresso por aproximadamente seis meses. Já vêm as pessoas às reuniões congregacionais e estão começando a harmonizar a sua vida com o que aprenderam da Palavra de Deus? Neste caso, queremos continuar a ajudá-los. Mas, do contrário, talvez possamos aproveitar melhor nosso tempo por usá-lo para dar testemunho a outros.

Quando se dá conta de que deve descontinuar certo estudo, considere isso com o morador de modo bondoso. Deixe-o saber que o considerou como privilégio participar-lhe o que a Bíblia diz, mas lembre-lhe que o curso gratuito de estudo que oferecemos é de seis meses. Agora cabe-lhe decidir o que deseja fazer com o que aprendeu e tomar a iniciativa de agir de acordo. — Jos. 24:14, 15.

Saliente a urgência dos tempos e explique que queremos dar a outros a mesma oportunidade de aprender a verdade e de tomar a sua posição do lado de Jeová. — Sof. 2:3.

Explique ao morador que estará à sua disposição e que, se ele quiser entrar em contato com o irmão, terá prazer em ajudá-lo espiritualmente. Anime-o a pensar seriamente no proceder que deve adotar a fim de agradar a Jeová, e a orar sobre isso. Exorte-o a freqüentar as reuniões e deixe-o saber que, se ele realmente se decidir servir a Jeová e associar-se regularmente com a congregação, terá prazer em reiniciar o estudo, usando matéria mais adiantada para ajudá-lo a progredir à madureza.

Esta mesma edição relatou como os publicadores estavam se saindo bem em dispensar estudantes improdutivos. O artigo ‘Ocupe-se intensamente com a Palavra’ na seção “Apresentando as Boas Novas” disse (pág. 7):

Há pouco mais de um ano, apresentou-se-nos o programa de estudo bíblico domiciliar de seis meses. Compreendemos logo que este seria mais um método eficiente para nos ajudar a realizar a obra no pouco tempo que resta.

Os relatórios do campo mostram agora que se descontinuam estudos bíblicos quando os publicadores se dão conta de que o estudante não está fazendo progresso. Isto é muito correto. Não há motivos para gastarmos nosso tempo com os que evidentemente não estão deveras interessados em agir segundo as verdades que aprendem. Alguns publicadores ainda perguntam: “Como vou saber se devo descontinuar o estudo, sendo que eles parecem interessados e ainda se alegram com a minha visita?” A resposta é que descontinuamos os estudos quando é evidente que não há apreço pela verdade como devia haver. Talvez haja um INTERESSE em continuar a absorver conhecimento. Mas existe um APREÇO pelo conhecimento já absorvido? O apreço por Jeová e pela verdade se demonstram em ações…

Os irmãos, evidentemente, tomam o assunto a sério, porque os relatórios dos servos de circuito mostra que muitos publicadores, sem hesitação, descontinuam os estudos quando chega o tempo para isso.

Ironicamente, o artigo “Vençamos, fazendo o bem”, no Ministério do Reino de junho de 1970 (pág. 1) disse:

Nunca houve maior necessidade de se vencer o mal com o bem do que agora. É triste ver tantas pessoas, jovens e idosas se deixar vencer pelo mal deste sistema de coisas, perdendo a fé em Deus e qualquer esperança quanto ao futuro. As expectativas criadas pelas promessas falsas dos líderes seculares e religiosos deixaram de realizar-se tantas vezes que o coração das pessoas, em geral, se sente desanimado. Mas, como diz o apóstolo Paulo: “Não te deixes vencer pelo mal porém, persiste em vencer o mal com o bem.” É isto o que as testemunhas cristãs de Jeová fazem. Temos confiança na certeza das promessas da Palavra de Deus.

O Ministério do Reino de setembro de 1970 disse na pág. 3:

Jeová estabeleceu um limite de tempo e a oportunidade de escolher o seu lado na questão da soberania universal se apresenta agora. O nosso objetivo é localizar as pessoas interessadas em aprender algo a respeito de Jeová e suas provisões para a salvação. Portanto, somos incentivados a ensinar a verdade com um senso de urgência, a fim de ajudar mais pessoas a tornar-se louvadores de Jeová no pouco tempo que resta.

O Ministério do Reino de dezembro de 1972 disse na pág. 1 (carta da filial da organização):

Não pode haver dúvida de que o fim do velho sistema de coisas está muito perto. Portanto, são preciosos para nós os dias em que vivemos e nos dedicamos ao serviço de Jeová. Ao passo que se aproxima o fim, fica cada vez mais reduzido o tempo em que podemos alcançar pessoas com as boas novas e dar aviso da vindoura destruição… Lembre-se, o tempo é curto para efetuar a pregação e o ensino, antes do fim deste sistema. Alargue-se em expressar preocupação amorosa por outros e use bem o pouco tempo que resta para uma expressão de serviço de toda a alma a Deus.

O Anuário de 1973, pág. 38 enfatizou a urgência dos tempos:

As testemunhas cristãs de Jeová não são pessoas ociosas. Sentem a urgência dos tempos e saem diligentemente para ‘fazer discípulos de pessoas de todas as nações’.

O Ministério do Reino de janeiro de 1974 disse na pág. 1:

Já vivemos bem avançados dentro do “tempo do fim”. O cumprimento das profecias indica inconfundivelmente a iminente destruição de Babilônia, a Grande. Não nos enche isso de zelo para trabalharmos nosso território o maior número de vezes possível? Sim, pois queremos ajudar a todos os que pudermos encontrar a buscar a Jeová AGORA, enquanto pode ser achado. — Isa. 55:6.

É preciso que as pessoas em toda a parte se apercebam da urgência dos tempos em que vivemos.

O Ministério do Reino de julho de 1974, disse na pág. 3 (encarte intitulado “Como usa sua vida?”, subtítulo “A Vontade de Deus Para Nós”):

Pelo exame cuidadoso e com oração de nossa própria situação, talvez verifiquemos também que podemos gastar mais tempo e energia na pregação durante este período final, antes de findar o atual sistema. Muitos de nossos irmãos e de nossas irmãs fazem exatamente isso. Isto é evidente em vista do rápido aumento do número dos pioneiros…

Receberam-se notícias a respeito de irmãos que venderam sua casa e propriedade e que planejam passar o resto dos seus dias neste velho sistema de coisas empenhados no serviço de pioneiro. Este é certamente um modo excelente de passar o pouco tempo que resta antes de findar o mundo iníquo.

Tendo em vista as informações acima de várias publicações da organização – A Sentinela, Despertai!, Ministério do Reino, Anuários e vários livros e folhetos que não foram citados aqui – é inútil uma Testemunha de Jeová de hoje tentar alegar que a liderança da organização nunca encorajou a crença de que 1975 traria o Armagedom. É fato documentado que eles fizeram isso.

A própria liderança da organização reconheceu abertamente alguma responsabilidade pelas esperanças criadas pela expectativa de 1975. O Anuário de 1980, página 23, mencionou um discurso proferido nos Congressos de Distrito de 1979, com o tema “A Escolha do Melhor Modo de Vida”. A palestra “reconheceu a responsabilidade da Sociedade por parte do desapontamento que alguns sentiram quanto a 1975.” O que foi dito nesse discurso?

O artigo da revista A Sentinela de 15 de setembro de 1980 “A escolha do melhor modo de vida” contém, nas páginas 17 e 18, um texto parcial do discurso. O artigo disse:

Nos tempos modernos, tal avidez, embora elogiável em si mesma, tem levado a tentativas de fixar datas para a desejada libertação do sofrimento e das dificuldades, que são o quinhão das pessoas em toda a terra. Quando foi publicado o livro Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus e seus comentários sobre quão apropriado seria se o reinado milenar de Cristo fosse paralelo ao sétimo milênio da existência do homem, criou-se muita expectativa sobre o ano de 1975. Fizeram-se naquele tempo, e depois, declarações que enfatizavam que se tratava apenas de uma possibilidade. Infelizmente, porém, ao lado de tal informação acauteladora, publicaram-se outras declarações que davam a entender que tal cumprimento da esperança até aquele ano era mais uma probabilidade do que mera possibilidade. Lamenta-se que estas últimas declarações, pelo visto, tenham ofuscado as acauteladoras e tenham contribuído para o aumento duma expectativa já criada.

A Sentinela, no seu número de 15 de janeiro de 1977, havia comentado que não era aconselhável fixarmos a vista em determinada data, dizendo:

Caso alguém tenha ficado desapontado, por não seguir este raciocínio, deve agora concentrar-se em reajustar seu ponto de vista, por não ter sido a palavra de Deus que falhou ou o enganou e lhe causou desapontamento, mas, sim, seu próprio entendimento baseado em premissas erradas.” Ao dizer “alguém”, A Sentinela incluiu todos os desapontados entre as Testemunhas de Jeová, portanto, inclusive os que tinham que ver com a publicação da informação que contribuiu para criar as esperanças que giravam em torno daquela data.

Neste caso, as “premissas erradas” foram inteiramente fornecidas à comunidade das Testemunhas de Jeová pela própria organização, em particular por esses “que tinham que ver com a publicação da informação que contribuiu para criar as esperanças que giravam em torno daquela data.”

As Testemunhas de Jeová são incentivadas por sua liderança a não se incomodarem com as várias previsões falsas que se fizeram. Ao longo dos anos, várias desculpas e minimizações foram publicadas. Observe o que a mencionada A Sentinela de 1980 disse:

No entanto, não há motivo nenhum para se abalar nossa fé nas promessas de Deus. Antes, em conseqüência disso, todos somos induzidos a fazer um exame mais detido das Escrituras a respeito deste assunto do dia de julgamento. Fazendo isso, verificamos que o importante não é a data. Importante é termos sempre em mente que há tal dia — e que ele se está aproximando — exigindo uma prestação de contas de todos nós. Pedro disse que os cristãos deviam corretamente estar “aguardando e tendo bem em mente a presença do dia de Jeová”. (2 Ped. 3:12) O importante não é certa data à frente, mas o dia-a-dia do cristão. Não deve viver nenhum único dia sem ter em mente que está sob o cuidado amoroso e a direção de Jeová, e que tem de sujeitar-se a isso, tendo também em mente que precisa prestar contas pelos seus atos.

Em conclusão, mencione-se novamente a ironia contida no já citado Ministério do Reino de junho de 1970:

As expectativas criadas pelas promessas falsas dos líderes seculares e religiosos deixaram de realizar-se tantas vezes que o coração das pessoas, em geral, se sente desanimado.

A revista Despertai! de 22 de abril de 1969 (pág. 23) também falou ironicamente sobre a argumentação da liderança das Testemunhas no sentido de que a Bíblia indica que estamos vivendo nos últimos dias. A revista enfatizou que os que previram falsamente o fim do mundo eram falsos profetas:

Ainda assim, algumas pessoas talvez digam: “Como podem estar seguros disso? Talvez já seja mais tarde do que muitas pessoas imaginam. Mas, talvez não seja tão tarde como algumas pessoas afirmam ser. As pessoas se enganaram quanto a estas profecias antes.”… É verdade, houve aqueles que, em tempos passados, predisseram um “fim do mundo”, até mesmo anunciando uma data específica…. Todavia, nada aconteceu. O “fim” não veio. Eram culpados de profetizar falsamente. Por quê? O que estava faltando?  Faltava a plena medida de evidência exigida em cumprimento da profecia bíblica. O que tais pessoas não tinham eram as verdades de Deus e a evidência de que Êle as guiava e usava.

No que se refere a deturpações, e particularmente as da Bíblia, o livro publicado pela organização em 1975 É Esta Vida Tudo o Que Há? disse (pág. 46), sem colocar em discussão as intenções do falsificador:

Sabendo disso, o que fará você, leitor? É evidente que o verdadeiro Deus, sendo “Deus da verdade” e odiando a mentira, não considerará com favor os que se apegam a organizações que ensinam a falsidade. (Salmo 31:5; Provérbios 6:16-19; Revelação 21:8) Realmente, gostaria mesmo de se associar com uma religião que não o tratou com honestidade?

APÊNDICE: Outras referências diretas ou indiretas a 1975 nas publicações (1966-1975)

1966

Assim como a associação correta ajudou a manter a nação judaica e os cristãos primitivos apegados a Jeová, assim também servirá para a mesma finalidade quanto ao hodierno povo de Deus, nestes poucos e todo-importantes anos antes do Armagedom.

A Sentinela de 15 de julho de 1966, pág. 426

Neste sistema de coisas marcado para o Armagedom, a vida está em jogo. O homem não mais pode dizer: “Deixemos que a próxima geração se preocupe com isso”, ou: “Jamais virá no meu tempo.” Não há tempo suficiente para tal modo de pensar. É mais tarde do que muitos pensam!

A Sentinela de 15 de novembro de 1966, pág. 684

Podemos assim relacionar a contagem do tempo pela Bíblia com a contagem do tempo pelo mundo até a presente data. Ao fazermos isso torna-se evidente que o homem se aproxima do fim de seis mil anos de sua existência e do começo do sétimo período de mil anos de sua existência

Neste século vinte, realizou-se um estudo independente que não acompanha cegamente certos cálculos cronológicos tradicionais da cristandade, e a tabela de tempo publicada, resultante deste estudo independente, fornece a data da criação do homem como sendo 4026 AEC. Segundo esta cronologia bíblica fidedigna, os seis mil anos desde a criação do homem terminarão em 1975 e o sétimo período de mil anos da história humana começará no outono (segundo o hemisfério setentrional) do ano de 1975 EC.

Assim, seis mil anos da existência do homem na terra acabarão em breve, sim, dentro desta geração. Jeová Deus não tem limite de tempo, conforme está escrito no Salmo 90:1, 2: “ó Jeová, tu mesmo mostraste ser uma verdadeira habitação para nós durante geração após geração. Antes de nascerem os próprios montes ou de teres passado a produzir como que com dores de parto a terra e o solo produtivo, sim, de tempo indefinido a tempo indefinido, tu és Deus.” Portanto, do ponto de vista de Jeová Deus, a passagem destes seis mil anos da existência humana são apenas como que seis dias de vinte e quatro horas, pois este mesmo salmo (versículos 3 e 4) prossegue, dizendo: “Fazes o homem mortal voltar à matéria quebrantada e dizes: ‘Retornai, filhos dos homens.’ Pois mil anos aos teus olhos são apenas como o ontem que passou e como uma vigília durante a noite.” Assim, dentro de poucos anos em nossa própria geração atingiremos o que Jeová Deus poderia considerar como o sétimo dia da existência do homem.

Quão apropriado seria se Jeová Deus fizesse deste vindouro sétimo período de mil anos um período sabático de descanso e livramento, um grandioso sábado de jubileu para se proclamar liberdade através da terra a todos os seus habitantes! Isto seria muito oportuno para a humanidade. Seria bem apropriado da parte de Deus, pois, lembre-se de que a humanidade ainda tem na sua frente o que o último livro da Bíblia Sagrada chama de reinado de Jesus Cristo sobre a terra por mil anos, o reinado milenar de Cristo. Jesus Cristo, quando na terra há dezenove séculos, disse profeticamente a respeito de si mesmo: ‘Porque Senhor do sábado é o Filho do homem.’ (Mateus 12:8) Não seria por mero acaso ou acidente, mas seria segundo o propósito amoroso de Jeová Deus que o reinado de Jesus Cristo, o ‘Senhor do sábado’, correspondesse ao sétimo milênio da história do homem

Dentro em breve, em nossa própria geração, soará a trombeta simbólica, pelo poder divino, proclamando “liberdade no país, a todos os seus habitantes”… O tempo para isso, há muito aguardado, está próximo!

Livro Vida Eterna – Na Liberdade dos Filhos de Deus, 1966, págs. 27-30

1967

Embora Jeová certamente assumisse o poder e começasse a dominar quando o reino messiânico foi estabelecido no céu em 1914 E. C., a destruição de Babilônia, a Grande, assinala uma nova época no domínio de Deus. Revelação 19:6, a respeito de Jeová começar a dominar como rei, parece associar-se com a destruição do império mundial da religião falsa, que ocorrerá nesta própria geração. Só depois deste evento notável é que se completará o casamento do Cordeiro. (Veja-se “Caiu Babilônia, a Grande!” O Reino de Deus já Domina!, publicado em inglês pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, dos EUA, páginas 616-622.) Todavia, o casamento do Cordeiro não se completará logo depois. A guerra do Armagedom, em que Cristo serve como o Principal Executor da parte de Deus sobre os iníquos, segue a destruição da Babilônia Maior. (Rev. 16:14, 16; 19:11-21) Depois do Armagedom, Satanás e seus anjos iníquos serão lançados no abismo. (Rev. 20:1-3) Algum tempo depois disso se realizará a festa de casamento com a Noiva completa.

As Escrituras tendem a mostrar que um restante da classe da Noiva viverá por algum tempo aqui na terra depois do fim deste sistema de coisas e de Satanás e os outros demônios serem lançados no abismo. Por exemplo, a esposa de Noé, que representou o restante ungido, sobreviveu ao Dilúvio. Também, assim como Eliseu sobreviveu à obra destrutiva do Jeú da antiguidade, assim também alguns da classe hodierna ungida de Eliseu evidentemente sobreviverão à atividade destrutiva do Jeú Maior, Jesus Cristo. Estes quadros bíblicos indicam que alguns membros da Noiva de Cristo viverão por algum tempo aqui na terra durante a primeira parte do reinado milenar de Cristo.

A Sentinela de 1° de fevereiro de 1967, pág. 95. (Isto se baseava na suposição de que algumas pessoas que afirmavam ser da “classe ungida” [referidos aí como “membros da Noiva de Cristo”] ainda estariam vivos em 1975.)

Quanto Tempo Ainda Levará?

Quando? Nesta Geração!

Portanto, era à nossa geração que Jesus se referia quando acrescentou o pensamento chave: “Esta geração de modo algum passará até que tôdas estas coisas ocorram.” (Mat. 24:34) A geração que presenciou o princípio de ais em 1914, presenciaria também o fim de Satanás e de seu inteiro sistema iníquo de coisas. Algumas pessoas que estavam vivas naquela ocasião, ainda estariam vivas quando “o fim” viesse.

Deve-se notar cuidadosamente que os mais jovens dentre aquêles que viram com entendimento a expansão do sinal do fim dêste sistema de coisas desde seu início em 1914 estão agora com bem mais de sessenta anos de idade! Na verdade, a maior parte da geração adulta que presenciou o princípio dos “últimos dias” já morreu. A geração a que pertenciam encontra-se agora bem perto de seu completo término.

O tempo que resta, então, é definitivamente limitado, e é bastante curto. Note, também, que Jesus disse categòricamente: “esta geração de modo algum passará até que tôdas estas coisas ocorram”. Portanto, não precisaríamos esperar até que todos os membros dessa geração morressem. O fim dêste sistema iníquo de coisas virá antes que todos os membros morram.

“O Tempo das Nações”

A cronologia bíblica também comprova que os “últimos dias” começaram em 1914. Certa profecia baseada na cronologia tem que ver com o que Jesus mencionou quando afirmou que “Jerusalém será pisada pelas nações, até se cumprirem os tempos designados das nações”. (Luc 21:24) Jesus referia-se a um período definido de tempo em que Deus não teria nenhum govêrno representativo na terra. O último que houve foi o antigo Israel, com sua capital em Jerusalém.

No ano de 607 A. E. C., Jerusalém foi pisada pelos babilônios. Daniel 4:16 observa que passariam “sete tempos”. No fim dêsses “tempos” Deus estabeleceria  seu govêrno celestial, seu Reino, sob Cristo “no meio de [seus] inimigos”. – Sal. 110:2.

Êsses “sete tempos”, segundo a contagem bíblica, seriam um período de 2.520 anos, começando a ser contado desde 607 A. E. C. Êste cálculo de tempo nos leva ao ano de 1914. E, isto não se deu por acaso! Harmoniza-se completamente com o sinal visível que Jesus deu, que vimos cumprir-se desde 1914.

Os 6.000 Anos Terminam em 1975

Há outra evidência cronológica que mostra que nos aproximamos ràpidamente do tempo final dêste sistema iníquo de coisas. É que, em breve, segundo fidedigna cronologia bíblica, os 6.000 anos da história humana chegarão ao fim.

A Bíblia mostra que quando Deus começou a moldar a terra para a habitação humana, trabalhou seis “dias”, ou períodos de tempo. Segundo as indicações da Palavra de Deus, cada um tinha, pelo que parece, 7.000 anos de duração. Então, Gênesis 2:2, declara que Jeová “passou a descansar no sétimo dia de tôda a sua obra que fizera”. Êste sétimo dia, o dia de descanso de Deus, estende-se já por quase 6.000 anos, e ainda há a decorrer o reinado de 1.000 anos de Cristo antes de seu término. (Rev. 20:3, 7) Êste sétimo período de 1.000 anos da existência do homem pode bem ser assemelhado a um grande dia sabático, representado pelo dia sabático que Deus ordenara que o Israel antigo guardasse depois de trabalhar por seis dias. (Êxo. 20:8-10; 2 Ped. 3:8) Após seis mil anos de labuta e escreavidão ao pecado, à enfermidade, à morte e a Satanás, a humanidade há de usufruir um descanso e bem que precisa mesmo de um descanso. (Heb. 4:1-11) Por conseguinte, estarmo-nos aproximando do fim dos primeiros 6.000 da existência do homem é algo de grande significado.

Será que o dia de descanso de Deus decorre paralelamente ao tempo em que o homem tem estado na terra, desde sua criação? Parece que sim. Segundo as investigações mais fidedignas da cronologia bíblica, harmonizadas com muitas datas aceitáveis da história secular, descobrimos que Adão foi criado no outono do ano 4026 A.E.C. Em algum tempo naquele mesmo ano, Eva bem que poderia ter sido criada, logo após o que começou o dia de descanso de Deus. Em que ano, então, terminariam os primeiros 6.000 anos do dia de descanso de Deus? No ano de 1975. Isto é digno de nota, especialmente em vista de que os “últimos dias” começaram em 1914, e que os fatos físicos de nossos dias, em cumprimento da profecia, marcam esta como a última geração deste mundo iníquo. Por conseguinte, podemos esperar que o futuro imediato esteja cheio de eventos emocionantes para aqueles que depositam sua fé em Deus e em suas promessas. Isto significa que dentro de relativamente poucos anos testemunharemos o cumprimento das profecias restantes que têm que ver com o “tempo do fim”…

Naturalmente, quanto ao dia e à hora exatos do fim, Jesus observou que êste conhecimento estava sòmente na jurisdição de seu Pai celestial. (Mat. 24:36) Mas, quando um breve período de anos, no máximo, nos separa do grande fim dêste velho sistema, a coisa vital a fazer é manter-nos espiritualmente acordados…

Portanto, por quanto tempo existirá? A resposta é: ‘Não por muito tempo, pois o fim da iniquidade está próximo.’ Jeová Deus não tolerará por muito mais tempo êste sistema iníquo de coisas que traz continuamente vitupério ao seu nome e que, com freqüência, lança a culpa de suas falhas sôbre Êle. Não permitirá por muito mais tempo que os sistemas religiosos falsos e os políticos impiedosos enganem as pessoas e disponham as coisas de maneira a se ajustarem às suas inclinações egoístas. O Todo-poderoso não permitirá por muito mais tempo que Satanás e seus demônios permaneçam ativos na terra.

Despertai! de 22 de abril de 1967, págs. 19-21

A fim de ajudar, atualmente, nestes tempos críticos, aos filhos prospectivos de Deus”, anunciou o presidente Knorr, “foi publicado um novo livro em inglês, intitulado A Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus”. Em todos os lugares de assembléia em que foi lançado, o livro foi entusiàsticamente acolhido. Multidões se juntaram em volta dos balcões e dentro em pouco se esgotaram os suprimentos do livro. Imediatamente se examinou o seu conteúdo. Não demorou muito para que os irmãos achassem a tabela que começa na página 31, mostrando que 6.000 anos da existência do homem terminam em 1975. A palestra sobre 1975 eclipsou tudo o mais. “O novo livro nos obriga a compreender que o Armagedom, com efeito, está muito próximo”, disse certo congressista. Por certo, foi uma das bênçãos notáveis com que se pôde voltar para casa!…

‘O que dizer do ano de 1975? O que irá significar, caros amigos?’ — perguntou o irmão Franz. ‘Será que significa que o Armagedom estará terminado, com Satanás preso, por volta de 1975? É possível! É possível! Todas as coisas são possíveis para Deus. Será que significa que Babilônia, a Grande, terá sido derrubada por volta de 1975? É possível. Será que significa que o ataque de Gogue de Magogue será lançado contra as testemunhas de Jeová, para eliminá-las, daí o próprio Gogue sendo posto fora de ação? É possível. Mas, não estamos afirmando. Todas as coisas são possíveis para Deus. Mas, não estamos afirmando. E que nenhum dos irmãos seja específico em dizer algo que irá acontecer daqui até 1975. Mas, o ponto capital de tudo isso é o seguinte, caros amigos: O tempo é curto. O tempo se escoa, não há dúvida sobre isso

‘Mas, o que temos hoje, ao nos aproximarmos de 1975? As condições não têm sido pacíficas. Temos tido guerras mundiais, fomes, terremotos, pestes e ainda temos tais condições ao nos aproximarmos de 1975. Será que tais coisas significam algo? Estas coisas significam que estamos no “tempo do fim”. E o fim tem de chegar, mais cedo ou mais tarde. Disse Jesus: “Quando estas coisas principiarem a ocorrer, erguei-vos e levantai as vossas cabeças, porque o vosso livramento está-se aproximando.” (Luc. 21:28) Assim, sabemos que, ao nos aproximarmos de 1975, o nosso livramento está esse tanto mais próximo.’

A Sentinela de 15 de fevereiro de 1967, págs. 124, 125, 127

Um dos instrutores fez alusão ao ano de 1975, a conclusão, cronologicamente falando, de seis mil anos de história humana. A pergunta dele foi: O que você será encontrado fazendo quando esse tempo chegar? Quão satisfatório será ter se  voluntariado para o treinamento de Gileade no espírito de Isaías e estar então ocupado em levar as boas novas do Reino a nações e povos longínquos!

Despertai! de 22 de março de 1967, (artigo O Espírito de Isaías em Pleno Século 20 [tradução da edição em inglês])

Sendo solteiro, está livre para ir de um lugar para outro e aceitar designações de serviço de Deus que as pessoas casadas amiúde não podem. Há bênçãos maravilhosas para os que empreendem o ministério de tempo integral como testemunhas de Jeová. Talvez sirva em um dos lares de Betel da Sociedade Torre de Vigia, ou como pioneiro especial ou no serviço missionário, possivelmente como servo de circuito, visitando as congregações e servindo a elas. São pouquíssimos os anos remanescentes, antes do fim deste sistema de coisas; os privilégios agora existentes jamais serão repetidos; este é o tempo de aproveitá-los.

A Sentinela de 1° de abril de 1967, pág. 222

Mas, sem dúvida, nada suscitou mais interesse neste compêndio [o livro Vida Eterna – Na Liberdade dos Filhos de Deus] do que o primeiro capítulo, com sua tabela e informações excelentes a respeito dos 7.000 anos do dia de descanso de Deus. A observação de que 1975 bem que pode assinalar o começo do grande Jubileu da humanidade tem deixado intrigados a muitos.

A Sentinela de 1° de novembro de 1967, pág. 670.

E quão consolador é ler sôbre o atual ‘Movimento Global de “Homens de Boa Vontade” Para a Liberdade’, e ser assegurado de que em breve estarão gozando de ‘Um Paraíso de Liberdade’!

Quão breve? 1975? Foi realmente emocionante examinar a tabela no fim do primeiro capítulo [do livro Vida Eterna – Na Liberdade dos Filhos de Deus] sôbre ‘Datas Significativas Desde a Criação do Homem Até 7000 A. M.’, e contudo quão cuidadosamente o livro fraseou o assunto: ‘Quão apropriado seria se Jeová Deus fizesse dêste vindouro sétimo período de mil anos um período sabático de descanso e livramento.” Sem dúvida, ‘isto seria muito oportuno para a humanidade’, e a julgar do cumprimento de profecias coma a que se acha em Mateus 24, não podemos escapar disto: Quer 1975 veja o comêço do reinado milenar de Cristo quer não, ‘o tempo para isso, há muito aguardado, está próximo’. Sim, êste livro nos ajudou a apreciar que, mais que nunca antes, o Cristianismo é uma religião urgente!

Despertai! de 22 de julho de 1967, pág. 23.

Em tal atmosfera teocrática como a que existe nos lares de Betel, há maravilhosa oportunidade de crescimento espiritual. Grandiosos privilégios de serviço se abrem para os servos dispostos. Que excelente privilégio é servir em tal lugar durante os anos remanescentes deste velho sistema de coisas!

A Sentinela de 15 de agosto de 1967, pág. 501

Por certo, o aviso de tal coisa, para ser bastante forte para o mover a fugir, teria de vir duma fonte fidedigna e ser acompanhado de outras circunstâncias que o convencessem de que o aviso era verdadeiro. Esse é exatamente o caso do aviso de que falamos aqui, e há razões de se poder afirmar verdadeiramente que é o aviso mais urgente que já foi dado. Primeiro, procede de Deus, que deu avisos fidedignos no passado; que, como Criador do homem, tem interesse genuíno no bem-estar das pessoas. Ele próprio o considera o aviso mais importante que já foi dado. Em segundo lugar, não se limita a um local ou mesmo a uma nação, mas é mundial. Não há meios de escape além daquele que Deus provê. Em terceiro lugar, levara tempo para se livrar da perigosa situação e para chegar ao lugar seguro, mesmo que dê ouvidos ao aviso de imediato, e, em quarto lugar, o perigo de que trata o aviso é mui iminente! A cronologia e a profecia bíblicas, junto com os eventos cumulativos que demonstram sua proximidade, demonstram que o aviso tem de ser dado com toda a urgência e deve ser acatado com toda a ligeireza possível. Deve vir na geração que já presenciou duas guerras mundiais e só dista alguns anos à nossa frente.

A Sentinela de 1° de outubro de 1967, pág. 599

Mas, sem dúvida, nada suscitou mais interesse neste compêndio do que o primeiro capítulo, com sua tabela e informações excelentes a respeito dos 7.000 anos do dia de descanso de Deus. A observação de que 1975 bem que pode assinalar o começo do grande Jubileu da humanidade tem deixado intrigados a muitos.

Despertai! de 1° de novembro de 1967, pág. 670

Quando se juntam os muitos fatores, verificamos que a nossa geração, os nossos dias — são os identificados na Bíblia como sendo os “últimos dias”. Com efeito, neste ano de 1967, vivemos realmente na parte final desse tempo! Isto pode ser comparado, não só ao último dia duma semana, mas, antes, à última parte daquele último dia.

A Sentinela de 15 de dezembro de 1967, pág. 741

1968

Segundo a tabela de tempo da Bíblia, a História do homem na terra já conta com quase 6.000 anos. Adão foi criado em 4026 A. E. C., o que significa que os seis mil anos da história humana terminarão por volta do outono (hemisfério norte) de 1975 E. C. Estamos no grande dia de descanso de 7.000 anos de Deus, que começou no tempo em que descansou depois da criação de Adão e Eva. Há, portanto, mil anos que ainda restam.

A Sentinela de 1° de janeiro de 1968, pág. 26

A “vinda” de Jeová para a execução do juízo sobre seus inimigos é muito rápida no sentido de que se acha a apenas alguns poucos anos à frente, e parecerá excessivamente curto para os que são apanhados desviando-se do caminho da justiça como que estando na escuridão, como que estando dormindo.

A Sentinela de 1° de maio de 1968, pág. 281

Mas, quão distante no futuro? Não muito, pois todas as evidências que nos cercam apontam para este tempo em que vivemos como sendo os “últimos dias” mencionados por tantos dos escribas inspirados de Deus

Destacando ainda mais a brevidade do tempo que resta, Jesus profetizou sobre uma geração que testemunharia o cumprimento do “sinal” de muitas características que assinalaria a conclusão deste sistema de coisas, tais como as guerras globais, seguidas por escassez de víveres e terremotos, e pelo anúncio por todo o mundo das boas novas do reino de Deus. Disse: “Esta geração [que testemunha estes eventos] de modo algum passará até que todas estas coisas ocorram.”…

Em vista de tudo isto, em que posição está? Viveu sua vida até agora pensando apenas em suas próprias ambições e prazeres? Será que seu tempo e sua atenção têm sido absorvidos na busca de ‘todas estas coisas pelas quais se empenham àvidamente as nações’? (Mat. 6:32) De que valor duradouro são todas estas coisas quando todas as coisas no mundo, sim, e o mundo da própria humanidade descrente, hão de passar durante o período de vida da geração que viu a Primeira Guerra Mundial?…

Este não é tempo para complacência. Não é tempo para hesitar entre duas opiniões…

A Sentinela de 15 de julho de 1968, págs. 426, 427.

Em seu novo livro, Famine — 1975!, dois famosos peritos em alimentação, William e Paul Paddock, fizeram a seguinte previsão para o futuro, na página 61:

Por volta de 1975, a desordem civil, a anarquia, as ditaduras militares, a inflação galopante, os colapsos de transporte e a caótica inquietação serão a ordem do dia em muitas das nações famintas — tudo porque a fome se transformará inexoràvelmente em inanição e a inanição se transformará em fome geral.”…

Assim, o cumprimento da profecia de Jesus, que se dá atualmente, indica estar às portas o fim completo dêste sistema de coisas!

A Sentinela de 15 de outubro de 1968 , pág. 611

Muitos homens, que estudam os eventos mundiais, estão convencidos de que definitivamente está-se aproximando uma grande mudança . 0 famoso escritor Walter Lippman disse : “Para nós, o mundo inteiro é turbulento e perigoso, desgovernado e aparentemente ingovernável. Em tôda a parte há grande ansiedade e consternação .” Ele acrescentou que tudo isso “assinala, creio eu, o fato histórico de que vivemos os capítulos finais do modo de vida estabelecido e tradicional” . Conforme se relatou em 1960, também Dean Acheson, ex-Secretário de Estado dos Estados Unidos, declarou que o nosso tempo é “um período de instabilidade sem igual, de violência sem igual’ . E êle advertiu : “Sei o bastante do que está acontecendo para assegurar-lhe que, em quinze anos a partir de hoje [ou seja, 1975], êste mundo será perigoso demais para se viver nêle.”

Livro A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, 1968, pág. 9

NOTA

1 – Anteriormente a revista A Sentinela de 15 de outubro de 1967, págs. 633, 634 havia feito referência a essa “tabela de tempo de Deus” em conexão direta com o ano de 1975. O artigo intitulado “Onde estamos segundo a tabela de tempo de Deus?” concluiu com as seguintes declarações:

É interessante notar que o outono (hemisfério norte) do ano 1975 assinala o fim de 6.000 anos da experiência humana. Isto é comprovado por meio de cronologia fidedigna preservada na própria Bíblia. O que significará tal ano para a humanidade? Será que significará o tempo em que Deus executará os perversos e começará o reinado milenar de seu Filho, Jesus Cristo? É bem possível que sim, mas teremos de esperar para ver. Todavia, disto podemos estar certos: a geração que Jesus disse que testemunharia tais eventos se aproxima de seu fim. O tempo está próximo. Na “tabela de tempo” de Deus, estamos nos dias finais dum perverso sistema de coisas que em breve terá desaparecido para sempre. Uma gloriosa nova ordem está bem à nossa frente. Esta é, portanto, uma boa razão para que os cristãos em toda parte se regozijem. Sim, regozijam-se porque está às portas o cumprimento de suas orações pedindo o reino de Deus. — Luc. 21:28.

Por conseguinte, tenha presente a admoestação do Senhor Jesus ao falar sobre os nossos dias: “Mantende-vos despertos, fazendo todo o tempo súplica para que sejais bem sucedidos em escapar de todas estas coisas que estão destinadas a ocorrer, e em ficar em pé diante do Filho do homem.” (Luc. 21:36) A profecia é certa; o tempo é curto.

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