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Imortalidade inerente da alma?

Introdução

Deve ocorrer a todo leitor atento que se a ALMA(1) é imortal apesar de o corpo não ser, a alma é perfeitamente capaz de continuar enquanto o corpo aguarda a ressurreição. E por continuidade o que mais poderíamos entender além de continuidade consciente?

Ora, a continuidade consciente só pode ser vista como exigindo um corpo ou não exigindo um corpo. Estas são as duas únicas possibilidades. Se o corpo é necessário, então claramente a continuidade consciente requer que o corpo se junte imediatamente com a alma — sem qualquer intervalo de ruptura. Se o corpo não é necessário, então a ressurreição do corpo parece inútil. A que propósito isso poderia servir?

O dilema: alma consciente ou inconsciente?

Em resumo, este é o dilema que sempre foi enfrentado pelos que se inclinam para a natureza de um suposto estado intermediário baseado na imortalidade da alma e sua auto-suficiência. Mas o dilema, neste caso, só existe enquanto presumimos que a imortalidade da alma significa também sua consciência ininterrupta.

Mas é claro que a consciência ininterrupta não é essencial para a continuidade da existência, pois dormimos à noite e acordamos de manhã sem qualquer interrupção de nossa existência. Nossa identidade permanece intacta. Um estado de coma pode durar meses, com pouca ou nenhuma perturbação da identidade pessoal quando a consciência é recuperada.

Pode-se observar ainda que, surpreendentemente, a Palavra de Deus nada diz explicitamente sobre a imortalidade inerente da alma no sentido comumente aceito! A ideia, de fato, não é bíblica, e sim pagã, importada dos gregos para a teologia cristã primitiva; e isso — note-se — em oposição direta às negativas categóricas de alguns dos primeiros Pais da Igreja. Eles nunca negaram que Deus garante a continuidade da alma, mas eles negaram que a alma é por sua própria natureza inerentemente indestrutível.

Conceitos mantidos sobre a condição da alma neste intervalo

Caso isto pareça uma afirmação inteiramente nova e injustificada, considere algumas declarações como as que seguem. Comecemos com o conceito judaico baseado inteiramente no Antigo Testamento. O povo judeu equiparava o céu com a retomada do prometido reino de Israel na terra, e para isso eles reconheciam não simplesmente a sobrevivência da alma, mas que a existência corporal também era necessária. Sobre este ponto, B. S. Easton observou:(2)

A ressurreição do corpo era a forma que a imortalidade tomava, de acordo com as premissas religiosas. Como o santo deveria encontrar sua felicidade na nação, ele deveria ser restaurado à nação; e os conceitos mais antigos não apontavam para a pura [i.e., abstrata] imortalidade da alma. As ‘sombras’ levavam, na melhor das hipóteses, uma existência miserável; e o próprio São Paulo estremece com a ideia da “nudez” (2 Coríntios 5:3(3))…. Todavia, onde há influência grega direta, a pura imortalidade da alma é encontrada. [Parênteses e ênfase meus]

É importante reconhecer esta corrente conflitante das tradições judaica e grega porque a esperança cristã se baseia em um princípio totalmente diferente do que fundamenta todas as outras religiões. A crença no mundo vindouro não é exclusivamente cristã, mas a crença em um mundo vindouro no qual a ressurreição do próprio corpo é tão essencial para a identidade pessoal quanto um espírito novamente vivificado é, de fato, exclusivamente cristã. Grande parte da literatura visionária da cristandade sobre a bem-aventurança dos santos em um estado desencarnado entre a morte e a ressurreição é pouco mais do que um reflexo batizado do conceito pagão do assunto.

Justino, o Mártir (c. 100-165), nascido só alguns anos depois da morte do apóstolo João e, portanto, representando uma tradição quase apostólica, contestou o conceito grego da imortalidade inerente da alma. Em seu Diálogo com o Judeu Trifão, em uma seção intitulada “A alma não é imortal em sua própria natureza”, ele escreveu que a alma participa da vida “na medida em que Deus queira que ela viva”.(4)

Taciano (c. 110-172), que foi contemporâneo de Justino, parece ter se preocupado com o fato de a influência grega estar se tornando muito forte no processo de formulação da teologia da Igreja primitiva. Ele escreveu um tratado conhecido como seu Discurso aos Gregos. Geralmente é datado por volta de 160 D.C. Nisto ele diz claramente: “A alma não é em si mesma imortal, ó gregos, e sim mortal.”(5)

Ireneu (falecido em 195 DC) sustentou que não há imortalidade natural da alma. Tudo depende da disposição de Deus. Assim como a vinda da alma à existência dependia da vontade de Deus, assim também a continuidade dela.(6)

Na verdade, foi só depois do Renascimento, quando as obras dos filósofos gregos iniciaram sua impregnação humanista na teologia cristã, que o conceito da imortalidade inerente da alma se tornou parte da fé comum da cristandade. Até então, a Igreja parece ter se contentado em limitar seus pronunciamentos ao fato da realidade da vida eterna e da ressurreição do corpo. Berkouwer fala dessa “notável cautela por parte da autoridade doutrinal da Igreja Católica que ensinava que a espiritualidade da alma poderia ser provada, mas não sua imortalidade”.(7)

De acordo com Basil F. C. Atkinson, Martinho Lutero listou como o último dos cinco erros cardeais da Igreja papal a imortalidade da alma, e ele foi seguido neste conceito por William Tyndale.(8) Lutero, em sua Asseveração de Todos os Artigos Erroneamente Condenados na Bula Romana de 29 de novembro de 1520, rejeitou essa doutrina católica romana, chamando essa ideia de “opinião monstruosa” do “monturo romano de decretos”!

Em 1548, João Calvino publicou seu comentário sobre a primeira carta de Paulo a Timóteo. Ele observou (em 1 Timóteo 6:16(9)) que a vinda da alma à existência e sua continuidade dependem inteiramente de Deus, de modo que “corretamente falando, ela não tem uma natureza imortal”; e em apoio disto ele citou Atos 17:28.(10)

Em 1893, James Orr escreveu longamente sobre este assunto e concluiu que a “Bíblia nada sabe sobre uma imortalidade abstrata da alma, como as escolas [medievais] falam dela”. Ele insistiu que só quando a alma se reúne com o corpo como uma pessoa inteira, há imortalidade; e isto só porque será para sempre sustentado pelo próprio Deus.

Em 1901, Herman Bavinck argumentou convincentemente que as Escrituras adotam uma posição que, para usar as próprias palavras dele, “à primeira vista não pode deixar de nos surpreender”. Embora a importância da doutrina da imortalidade da alma pareça primordial para o cristão, ainda assim Bavinck sustenta que a Bíblia jamais trata dela especificamente, jamais a anuncia como uma verdade revelada, jamais a coloca em primeiro plano e jamais faz qualquer tentativa para manter a sua verdade contra os adversários. No entanto, o próprio Bavinck não a nega. Objetivamente, ele só nega que ela seja uma doutrina estritamente bíblica. Depois, ele observa que “a Bíblia não nega, mas também não ensina especificamente a imortalidade da alma: e certamente não pretende, como sustentava o deísmo, tornar essa imortalidade conhecida por nós como uma das mais importantes verdades da religião.”(12)

Thomas B. Strong em seu Manual of Theology [Manual de Teologia] escreveu em 1903: “A doutrina da imortalidade da alma é precária e obscura em um grau muito elevado.”(13)

O estado intermediário: sono da alma?

Em 1915, quando James Orr contribuiu com o artigo sobre Imortalidade na International Standard Bible Encyclopedia [Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional] (Vol. 3, pág. 1459), ele não tinha mudado seus conceitos anteriores:

Dificilmente há algum assunto onde é mais necessário ter cuidado na definição de termos e clara distinção de ideias, especialmente no que diz respeito à doutrina bíblica, do que nesta questão da “imortalidade”.

Por “imortalidade” frequentemente se entende simplesmente a sobrevivência da alma ou parte espiritual do homem, depois da morte corporal. É a afirmação do fato de que a morte não acaba com tudo. A alma sobrevive. Isto é comumente o que se quer dizer quando falamos de “uma vida futura”, “um estado futuro”, “um além”…

[Entre os pagãos] é um estado peculiar à “morte”; na maioria dos casos sombrio, inerte, fraco, dependente, sem alegria; um estado a ser temido e evitado, não algo a ser esperado… Entre os pagãos [mais avançados], é concebido como, para alguns, um estado de felicidade — o embaraço do corpo sendo sacudido — e isso produz a ideia, que passou para grande parte do nosso pensamento moderno de uma “imortalidade da alma”, uma imperecibilidade da parte espiritual… uma indestrutibilidade inerente.

Será visto à medida que avançarmos, que o conceito bíblico é diferente de todos estes…. Para a Bíblia, “imortalidade” não é simplesmente a sobrevivência da alma… A “imortalidade” que a Bíblia contempla é uma imortalidade da pessoa inteira — corpo e alma juntos. Não é simplesmente uma condição de existência futura, por mais prolongada que seja, e sim um estado de bem-aventurança, devido à redenção e à posse da “vida eterna” na alma; isso inclui ressurreição e vida perfeita tanto na alma como no corpo. …

Um uso que os gregos fizeram do argumento metafísico foi para provar a indestrutibilidade da alma – sua imortalidade no sentido de não ter começo nem fim. Esta não é a doutrina cristã. A alma não tem essa indestrutibilidade.

Conforme Orr observou, a alma é inteiramente dependente de Deus para sua criação, “e para sua existência continuada como tudo o mais. Se Ele retirasse seu poder sustentador, ela deixaria de existir…. O contraste entre o conceito bíblico da imortalidade e o do paganismo e dos [filósofos] agora será óbvio. Não é simples existência futura; não é uma imortalidade abstrata nua da alma; é o resultado da redenção e da renovação pelo espírito de Deus; ela abrange a personalidade completa, alma e corpo.” [ênfase minha](14)

E em 1962 G. C. Berkouwer não encontra imortalidade “natural” ou “indestrutibilidade da alma” nas Escrituras. A alma é uma criação de Deus e permanece dependente de seu bel prazer. O conceito oposto, observa ele, é uma herança da filosofia grega, principalmente através do platonismo. “A perspectiva cristã é a ressurreição, não a imortalidade da alma.”(15)

David Kerr, em 1960, em um artigo sobre Imortalidade no Baker’s Dictionary of Theology [Dicionário de Teologia de Baker], observou:(16)

Pode-se dizer que a imortalidade no sentido bíblico é uma condição na qual o indivíduo não está sujeito à morte ou a qualquer influência que possa levar à morte. Deus é singularmente imortal no sentido de que Ele não tem começo nem fim… O homem, por outro lado, é imortal apenas por derivação e quando seu corpo mortal foi substituído por um que é imortal….

O conceito bíblico de imortalidade, portanto, difere de todas os outros em certos aspectos importantes. Um deles é que no ensino não-bíblico o homem é inerentemente imortal. Outro é que só o aspecto espiritual da natureza humana é considerado imortal… No pensamento bíblico, o homem não é inerentemente imortal: é o homem inteiro, corpo e alma, que é imortal, embora o corpo deva passar por uma transformação para alcançar a imortalidade. [ênfase minha]

Vemos assim, à base da evidência das Escrituras que é o homem inteiro que deve alcançar a imortalidade, e ISTO SÓ POR RAZÃO DA RESSURREIÇÃO DO CORPO. Neste processo, o corpo também passa por transformação, assim como pelo renascimento o espírito também foi transformado.

Conforme observa Kerr: “No Antigo Testamento, assim como no Novo, o homem só é um ser completo quando seu corpo e espírito estão em união. Ele é então uma alma ou pessoa vivente (Gênesis 2:7(17))… A imortalidade, para o cristão envolve a ressurreição e só pode ser plenamente alcançada depois dela”.

Franz Delitzsch ressalta o fato de que o corpo e a alma ou espírito vivem ou morrem juntos.(18)

Onde a Escritura fala da morte como uma sentença (κρίμα) comum aos homens, é em toda parte o homem inteiro que a sofre. A morte é uma ruptura da substância divinamente ordenada de um ser vivo. Corpo e espírito se afastam um do outro, e o espírito se encontra, na medida em que é desencarnado, na condição de morte. Até mesmo no caso dos espíritos dos Justos aperfeiçoados é assim… A ressurreição é uma restauração da condição pessoal que é dissolvida pela morte.

Delitzsch se preocupa em enfatizar que a morte não é simplesmente a morte do corpo. O espírito também sofre. Ainda assim, o insulto ao espírito pelo qual ele é roubado de seu meio de expressão não termina sua existência. Isso apenas o silencia efetivamente. Pois, como ele diz, “morte e aniquilação não são de modo algum ideias coincidentes. A continuidade real do ser e a continuidade autoconsciente do ser estão longe de estar necessariamente relacionadas.”(19) [ênfase minha]

O ponto é muito importante. A alma pode ter continuidade após a morte, mas isso não exige continuidade consciente. A ausência de consciência não deve ser tomada como evidência de aniquilação. Quando um paciente se recupera da total inconsciência da anestesia profunda na sala de cirurgia, ele não dá qualquer indicação de que estava de alguma forma inexistente durante o intervalo, nem renunciou à sua identidade, quer introspectivamente, quer como é conhecido por seus amigos. Não se sabe por quanto tempo essa condição pode ser mantida sem séria perturbação da identidade pessoal, mas certamente o mero fato da interjeição de um período de inconsciência não deve de modo algum ser equiparado à aniquilação automática da identidade pessoal.

O mesmo é verdade no caso do corpo que deve “dormir no pó” (Daniel 12:2(20)). Sua identidade certamente será recuperada, como foi a identidade do corpo de Lázaro, apesar de sua incipiente desintegração. Deus pode restaurá-lo de maneira reconhecível: ou, como nos é assegurado que Ele fará no último Dia, Ele pode recriá-lo novamente – de maneira reconhecível, apesar de sua desintegração.

A existência inconsciente ainda é uma existência real se Deus quiser. O espírito que retorna a Deus não precisa ter consciência no intervalo entre a morte e a ressurreição do corpo para que sua identidade seja preservada. Deus preserva tanto sua identidade quanto a identidade do corpo; e está dentro de Seu poder e propósito elevar ambos a uma continuação muito mais gloriosa dessa identidade. Se há um período de inconsciência enquanto a alma ou espírito aguarda o corpo, não pode ser conhecido pelo indivíduo: não existe tal coisa como um estado consciente de inconsciência! Assim, experimentalmente, o intervalo é desconhecido porque jamais poderia haver uma consciência dele enquanto o corpo e o espírito estiverem separados. Pessoalmente, estou convencido de que não há qualquer intervalo de espera desse tipo.

Uma solução proposta

Deixe-me tentar afirmar isso ainda mais explicitamente. Sabemos à base de Eclesiastes 12:7 que o espírito retorna a Deus quando o corpo volta ao pó.(21) O Senhor Jesus confiou seu espírito à guarda do Pai (Lucas 23:36(22)), assim como (em Atos 7 :59) Estêvão recomendou seu espírito ao Senhor Jesus.(23)

Lá, sob a guarda de Deus, o espírito humano é preservado em uma condição que as Escrituras designam como “sono” – como, sem dúvida, até mesmo o espírito humano do Senhor também foi preservado até que ele mesmo ressuscitou seu próprio corpo como disse que faria (João 2:19, “este templo”(24)) e assim reconstituiu sua humanidade. À medida que cada espírito redimido é levado aos cuidados de Deus, esses “espíritos dos justos” (Hebreus 12:23(25)) são libertados de todas as imperfeições, imperfeições estas que são instantaneamente deixadas para trás ao partir deste mundo. Seus espíritos assim aperfeiçoados aguardam uma glorificação semelhante do corpo (Filipenses 3:21(26)). A imortalidade final do espírito redimido garantida pela promessa de nunca mais perecer (João 10:28(27)) uma vez que o corpo tenha sido reunido a ele.(28) Esta reunião é a “vivificação” de 1 Coríntios 15:22 e seguintes,(29) um termo que significa colocar além do poder da morte.(30) Portanto, é incondicional porque a promessa de Deus é incondicional.

Mas, conforme veremos, esse “sono” que parece interveniente na verdade não envolve o menor atraso na experiência do santo que parte no que diz respeito à sua entrada jubilosa e consciente na presença de seu Senhor: pois ele é imediatamente unido ao seu próprio corpo glorificado e ressurreto, tornando-se assim uma pessoa verdadeiramente completa instantaneamente. Não há espera, pois não há passagem do tempo daquele lado do Jordão. É apenas como uma acomodação à nossa atual consciência limitada pelo tempo que esse intervalo é chamado de “sono”. De que outra forma a Bíblia poderia ter revelado o que acontece na transição do tempo para a eternidade?

Estou convencido de que esta é a perspectiva para o crente. Não há perda de consciência porque o espírito nunca fica sem seu corpo apropriado, e nossa condição mortal é, assim que partimos desta vida, imediatamente trocada por uma imortalidade incondicional. Conforme veremos, não apenas a lógica simples pela qual várias declarações aparentemente contraditórias nas Escrituras podem ser lindamente reconciliadas, como também a natureza da eternidade distinta do tempo garante que o espírito não seja realmente introduzido “despido” na presença do Senhor, mas revestido com um corpo como o dele. Para cada santo que parte, este afastamento do corpo terrestre significa união imediata com o corpo celestial.

A morte do santo, portanto, sinaliza para ele o retorno do Senhor, aquele ponto da experiência em que Ele prometeu que viria novamente para nos receber para Si mesmo (João 14:3(31)). Ela marca, de fato, “aquele último dia” para o crente que parte; e acho que também deve marcar o último (mas temível) dia para o incrédulo também. A morte do crente leva essa alma feliz instantaneamente adiante com todos os outros santos para o Grande Dia de sua vinda à terra em triunfo. Se isto parece um conceito difícil, eu concordo! Mas, como veremos nos três capítulos finais, isto pode ser abordado em etapas mais graduais, de modo a ser inteiramente concebível e maravilhosamente harmonizado a muitos trechos das Escrituras que aparecem sob uma luz inteiramente nova.

A ressurreição e transformação do corpo a uma condição de perfeição apropriada ao espírito aperfeiçoado é a culminação do Plano de Redenção. A regeneração do espírito nesta vida é só o começo desse processo.

Vamos agora testar esta hipótese examinando os dados fornecidos pelas Escrituras sobre este assunto.

Notas

1 – Para efeito de precisão teológica, a palavra “alma” deve ser “espírito” (veja o capítulo 7 [deste livro]). Aqui, e posteriormente, o autor optou por não ser teologicamente preciso no uso das palavras “alma” e “espírito”, pois as citações usadas neste capítulo não o fizeram.

2 – Easton, B. S., sob “Resurrection” [Ressurreição] na International Standard Bible Encyclopedia [Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional], James Orr, Editor Geral, Chicago, EUA, Howard-Severance Co., 1915, Vol. 4.

3 – “Enquanto isso, gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação celestial, porque, estando vestidos, não seremos encontrados nus.” – 2 Coríntios 5:2, 3.

4 – Justino Mártir: em seu Diálogo com o Judeu Trifão, cap. 5, em Ante-Nicene Fathers [Os Pais Antenicenos], Nova Iorque, EUA, Charles Scribner’s Sons, 1913, Vol. 1, pág. 197; e também Franz Delitzsch, System of Biblical Psychology [Sistema de Psicologia Bíblica], Grand Rapids, Baker, 1966 (reimpressão), pág. 474.

5 – Taciano, em seu Discurso aos Gregos, caps. 13 e 15, em Ante-Nicene Fathers [Os Pais Antenicenos], Nova Iorque, Charles Scribner’s Sons, 1913, Vol. 2, págs. 71, 72.

6 – As palavras reais de Ireneu são: “Portanto, quando Deus concede a vida e a duração perpétua, ocorre que mesmo as almas que não existiam anteriormente devem durar [para sempre], uma vez que Deus quer que elas existam e continuem em existência.”, em seu Contra as Heresias, Livro 2, cap. 34, seção 4 em Ante-Nicene Fathers, Nova Iorque, EUA, Charles Scribner’s Sons, Vol. 1, pág. 412.

7 – Berkouwer, G. C., Man: The Image of God [Homem: A Imagem de Deus], Grand Rapids, Eerdmans, 1962, pág. 270.

8 – Atkinson, Basil F. C., Life and Immortality [Vida e Imortalidade], publicado em particular na Inglaterra, 1970, p.iii.

9 – “… aquele [Deus] que possui, ele só, a imortalidade” – 1 Timóteo 6:16.

10 – “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos…” – Atos 17:28.

11 – Orr, James, The Christian View of God and the World [O Conceito Cristão de Deus e do Mundo], Nova York, Charles Scribner’s Sons, 1893, pág. 196.

12 – Bavinck, Herman, Gereformeede Dogmatic [Dogmática Reformada], 1901, vol. 4, p.567, 591: citado por G. C. Berkouwer, Man: The Image of God [Homem: A Imagem de Deus], Grand Rapids, Eerdmans, 1962, págs. 242, 243.

13 – Strong, Thomas B., Manual of Theology [Manual de Teologia], Londres, Adam & Charles Black, 1903, pág. 400.

14 – Orr, James: em International Standard Biblical Encyclopedia [Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional], Chicago, Howard-Severance Co., 1913, vol.3, págs. 1459, 1461.

15 – Berkouwer, G. C., Man: The Image of God [Homem: A Imagem de Deus], Grand Rapids, Eerdmans, 1962, pág. 253.

16 – Kerr, David: sob “Imortalidade” no Baker’s Dictionary of Theology [Dicionário de Teologia de Baker], editado por E. F. Harrison, Grand Rapid, Baker, 1960, págs. 280, 281.

17 – “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” – Gênesis 2:7.

18 – Delitzsch, Franz, A System of Biblical Psychology [Sistema de Psicologia Bíblica], Grand Rapids, Baker, 1966 (reimpressão), pág. 474.

19 – Delitzsch, Franz, ibid, pág. 475.

20 – “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno.” – Daniel 12:2.

21 – “e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” – Eclesiastes 12:7.

22 – “Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou.” – Lucas 23:46.

23 – “E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito!” –  Atos 7:59.

24 – “Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário,e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo.” –  João 2:19-21.

25 – “Mas tendes chegado… a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e a Jesus…” – Hebreus 12:22a, 23b.

26 – “[Cristo] o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória,…” –  Filipenses 3:21.

27 – “Eu [Jesus] lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.” –  João 10:28.

28 – Esta foi toda a importância da garantia do Senhor a Maria e Marta com respeito a Lázaro. Foi com a promessa de sua ressurreição no último dia que Ele tentou consolá-las, mas naquele momento a dor delas só pôde ser satisfeita com sua restauração imediata: “Declarou-lhe Jesus: [Marta] teu irmão há de ressurgir. Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo.” –  João 11:23-27.

29 – “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.” – 1 Coríntios 15:21-23.

30 – É neste sentido que Cristo, como Homem, foi as “primícias” – o primeiro homem a ser elevado da categoria de “não necessita morrer” para esta categoria de “impossível morrer” (1 Coríntios 15:23). O Senhor não foi de forma alguma o primeiro a ser ressuscitado dentre os mortos, mas foi o primeiro a ser colocado além do poder da morte.

31 – “E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.” (João 14:3.) No entanto, Pedro assegura ao crente que “uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1:7) a qual, estando no fim dos tempos, parece contradizer a garantia dada em João. Então certamente a resposta é que ambos os eventos – a morte do santo e o aparecimento de Cristo – são um único evento!

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