A geração que não passará
Já por uns 50 anos [em 1984], a liderança das Testemunhas de Jeová vem pregando que a geração de pessoas que testemunharam os eventos de 1914 não passaria até que chegasse o fim completo do mundo. Argumentou-se por muito tempo que a duração de uma geração era de 70 ou 80 anos — a expectativa média de vida da maioria das pessoas:
O dicionário completo de Webster (em inglês) define, em parte, a palavra geração deste modo: “A média do tempo de vida do homem, ou período comum de tempo em que uma ordem sucede à outra ou o pai é sucedido pelo filho, uma era. Considera-se, geralmente, uma geração como tendo cerca de 33 anos.” A Bíblia, porém, não é específica. Não dá o número de anos para uma geração. E em Mateus 24:34, Marcos 13:30 e Lucas 21:32, os textos onde se menciona a geração a que se refere a pergunta, não se nos permite considerar uma geração como sendo a média de tempo em que uma geração sucede a outra, como explica Webster na sua aproximação dos 33 anos; antes, porém, deve ser considerada mais no sentido da primeira definição citada de Webster, “a média do tempo de vida do homem“. – A Sentinela de 1º de novembro de 1953, págs. 175, 176.
“Ainda que usássemos setenta ou oitenta anos como a duração de uma geração, isso não nos permitiria determinar o momento do começo do Armagedom. Por quê? Porque esta guerra de Deus não está marcada para ocorrer exatamente no final desta geração. Ela vem dentro da geração.” – Despertai! de 22 de setembro de 1962, pág. 28, em inglês (grifo acrescentado).
“Deve-se notar cuidadosamente que os mais jovens dos que viram com entendimento a expansão do sinal do fim deste sistema de coisas desde seu início em 1914 estão agora com bem mais de sessenta anos de idade! Na verdade, a maior parte da geração adulta que presenciou o princípio dos “últimos dias” já morreu. A geração a que pertenciam encontra-se agora bem perto de seu completo término.
O tempo que resta, então, é definitivamente limitado, e é bastante curto. Note, também, que Jesus disse categoricamente: “esta geração de modo algum passará até que todas estas coisas ocorram”. Portanto, não precisaríamos esperar até que todos os membros dessa geração morressem. O fim deste sistema iníquo de coisas virá antes que todos os membros morram.” – Despertai! de 22 de abril de 1967, pág. 19. (grifo acrescentado).
Na época em que essa última declaração foi feita, estava sendo argumentado que 1975 seria um ano marcante, quando 6.000 anos de história humana chegariam ao fim e um descanso sabático de 1.000 anos sob o Reino de Deus começaria. Usava-se o fato de que a geração de 1914 estava passando rapidamente para reforçar o conceito de que em 1975 o fim era iminente. O mesmo artigo prosseguiu dizendo sobre isso:
“Por conseguinte, podemos esperar que o futuro imediato esteja cheio de eventos emocionantes para aqueles que depositam sua fé em Deus e em suas promessas. Isto significa que dentro de relativamente poucos anos testemunharemos o cumprimento das profecias restantes que têm que ver com o “tempo do fim”.”- Despertai! de 22 de abril de 1967, pág. 20. (grifo acrescentado).
Mas agora, [isto é, em 1984], a liderança das Testemunhas de Jeová estava tentando prolongar ao máximo possível a geração de 1914. Nesse processo, eles apresentaram uma mistura de dados sobre o que constitui uma “geração” que confundia mais do que esclarecia. Eles começaram citando um livro, “The Generation of 1914” [A Geração de 1914], escrito por Robert Wohl, que apresenta uma definição filosófica do que constitui uma “geração”. Isto foi seguido pela afirmação de que Jesus usou a palavra geração em vários contextos e maneiras e daí foi levantada a seguinte questão:
Mas, que queria [Jesus] dizer quando falou duma ‘geração que não passaria’? Alguns interpretaram “geração” como um período de 30, 40, 70 ou mesmo 120 anos. Entretanto, a geração relaciona-se realmente com pessoas e acontecimentos, e não com um número fixo de anos. – A Sentinela de 15 de novembro de 1984, pág. 5
Depois de citar duas obras de referência que oferecem definições de como a palavra grega traduzida por “geração” é usada na Bíblia, a revista A Sentinela disse o seguinte:
Estas definições abrangem tanto os que nasceram por volta da época dum acontecimento histórico como todos os que estavam vivos na ocasião.
Se Jesus usou a palavra “geração” nesse sentido e se a aplicarmos a 1914, então os bebês daquela geração têm agora 70 anos ou mais. E outros que estavam vivos em 1914 estão com seus 80 ou 90 anos, sendo que uns poucos já atingiram a idade de cem anos. Ainda há muitos milhões dessa geração vivos. Alguns deles ‘de modo algum passarão até que todas estas coisas ocorram’. — Lucas 21:32. (Ibid., página 5).
Os milhões a que eles se referiram eram bebês e crianças muito pequenas vivas em 1914. A geração adulta de pessoas, que tinha 30, 40 anos ou mais naquele ano tinha passado! Mesmo os que estavam na casa dos 20 anos em 1914 eram praticamente inexistentes! É significativo que a liderança das Testemunhas de Jeová tenha achado necessário continuar a fortalecer a ideia de que a geração de 1914 ainda está entre nós. Isto mostrou sua própria incerteza sobre o assunto, apesar de toda a retórica. Eles deram prosseguimento a uma história de mais de 100 anos de proclamações ruidosas duma cronologia errada de eventos proféticos.
Em Lucas, capítulo 21, Jesus não apresentou um plano de eventos que ocorreriam milhares de anos depois, para que uma geração específica de pessoas soubesse que estava vivendo nos “últimos dias”. Ele estava se dirigindo à geração que estava viva e o escutava falar. Ele descrevia eventos dos quais eles deveriam ser testemunhas oculares e os alertou a não ficarem alvoroçados quando vissem ou ouvissem essas coisas, porque elas não seriam o sinal de sua presença. As expressões de Jesus sobre as perturbações cósmicas que marcariam sua volta, contidas nos versículos 25 a 27 são parentéticas — inseridas para mostrar o contraste entre as calamidades meramente humanas e naturais (guerras, fomes, doenças, terremotos, etc.) e as manifestações cósmicas universais dele próprio no final dos tempos. A geração que ouviu Jesus falar realmente testemunhou os distúrbios humanos e naturais de que ele falou, que não constituíam o sinal. Aquelas pessoas não morreram até que todas essas coisas aconteceram. Muitos, senão a maioria, ainda estavam vivos em 70 D.C., quando Jerusalém e o Templo foram destruídos. “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: essas coisas vão acontecer antes de morrerem todos os que agora estão vivos.” – Lucas 21:32. – Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Este é obviamente o sentido que Jesus pretendeu transmitir.
Sua vinda no final dos tempos seria repentina, não anunciada e inesperada, de acordo com as próprias declarações de Jesus. (Mateus 24:43,44; Marcos 13:32-37; Atos 1:6-8). Tudo o que a liderança das Testemunhas de Jeová ensina sobre o tempo do retorno do Senhor é uma contradição do que ele realmente disse.
ATUALIZAÇÃO (1997): A revista Despertai! de 8 de novembro de 1994! apresentou um artigo intitulado: “O verdadeiro significado de 1914”, no qual eles continuaram a argumentar que a geração de 1914 veria o fim do mundo e, em seguida, citam sua própria declaração encontrada na página de título de cada edição da Despertai!: “Esta revista gera confiança na promessa do Criador de estabelecer um novo mundo pacífico e seguro, antes que passe a geração que viu os acontecimentos de 1914.” – página 10. (itálico acrescentado). Observe que isso é “a promessa do Criador”, não a deles!
Por razões óbvias, eles não mais limitaram a “geração” aos que viram os eventos de 1914 “com entendimento”, como faziam antes. Eles também não enfatizam mais o fato de que é “dentro” da geração de 1914 que o fim chega. Agora eles faziam todo o esforço para alongar o tempo da geração e disseram: “Este tempo do fim, contudo, havia de ser um período relativamente curto — dentro do espaço de uma geração. (Lucas 21:31, 32) O fato de que estamos agora 80 anos além de 1914 indica que podemos esperar para breve a libertação que o Reino de Deus trará.” – Página 10. (itálico acrescentado).
A revista Despertai! de 8 de novembro de 1995 apresentou mais uma alteração em sua declaração de missão. Agora dizia: “Importantíssimo, esta revista gera confiança na promessa do Criador acerca de um novo mundo pacífico e seguro que está prestes a substituir o presente sistema de coisas perverso e anárquico.” Dois elementos importantes foram removidos da declaração anterior: 1) a data 1914 e 2) a palavra geração. Embora não seja provável que os editores da Despertai! venham a reconhecer algum dia, o fato simples é que a geração de 1914 já passou e eles devem agora se distanciar de seus ensinos anteriores.
É improvável que a liderança das Testemunhas de Jeová abandone completamente a data de 1914, pois esta data define sua razão de existir, mas agora eles estão sendo forçados a reinventar a interpretação deles seu significado profético.
– Este artigo foi publicado originalmente em The Christian Respondent (comentando o artigo “1914 – A geração que não passará”, publicado na revista A Sentinela de 15 de maio de 1984 em inglês [15 de novembro de 1984 em português], páginas 4-7).
Cada um vai ensinar o que quer e quando bem entender. Todas as religiões podem fazer o que vc faz e usar de vários livros pra apoiar a doutrina delas. Igual vc faz e dizer que eh o ensino válido. Mas isso está na sua mente e no seu próprio coração e você está convencido da SUA verdade. Mesmo que vc diga “eu tenho provas, eu tenho evidências” ou ” eu tenho o conhecimento biblico” mas…. todos os que “Entendem” a bíblia vai dizer a mesma coisa. Até mesmo cientistas ateus tem “provas” das afirmações deles que não existe um Criador. Quando o ego é alto, não tem verdade que resista. Mas temos que ter cuidado com nossas palavras mesmo na internet porque melhor é por uma mó no pescoço e lançar ao mar do que fazer uma pessoa sincera tropeçar na fé.
Significativo foi o facto de que O Filho do Altíssimo ter avisado que viriam falsos profetas. O que leva alguém a tentar adivinhar o fim com um canto da boca e com o outro ficar afirmando que o mesmo Filho do Homem advertiu que o dia e a hora nem ele , nem os anjos tinham conhecimento?!? LANÇAR A CONFUSÃO! É desonesto doutrinar, fazendo abusivamente passar a ideia que era por intermédio do Espírito Santo, e quando constatam que ela não se enquadra no plano divino, vir desesperadamente, lançar explicações atabalhoadas para compor a desonra de ter enganado até mesmo a si próprios!
A organização TJ ( eles “chamam-lhe a nossa mãe”), quer nitidamente chamar a si o papel de mediador que só pertence a Cristo, profetizando como ele (ao mesmo tempo citando Daniel a dizer que Cristo seria o fim dos profetas) e dizendo que só eles têm a verdade quando Cristo disse que “ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Dar uma no cravo, outra na ferradura a Bíblia tem um nome para isso: BABILÓNIA A GRANDE (A Grande Confusão) da qual eles fazem parte. Não sendo os únicos, integram o movimento da mentira continuada. Também ao chamar a sua organização de “nossa mãe” eles estão imitando outras religiões na adoração da deusa-mãe! Que trapalhada geraram esses fundadores de das TJ. A mesma mentira, nova roupagem.
Também as TJ não percebem que ao adotar a sugestão do seu falecido líder JF Rutherford de passarem a chamar-se “Testemunhas de Jeová”, estavam a retornar a um pacto já extinto. Cristo fez questão de deixar claro que doravante os cristãos serão “Minhas (dele) Testemunhas” (Atos 1:8) em TODO O MUNDO!
As Testemunhas de Jeová, mesmo tendo erros…sao o Caminho mais próximo do que se considera adorar a Deus…..Se focarmos , nos ACERTOS, os erros são mínimos.
São a Organização que erra, tentando acertar, e isso é Louvável!! O jogador que mais erra, é provavelmente o que mais pega na bola!! ELES leem a Bíblia diariamente e exercem o amor ao próximo.no dia a dia.
Perfeita comparação Sérgio. É errando que se aprende, é com humildade que crescemos, é na persistência que alcançaremos a sabedoria e o conhecimento exato das Escrituras Sagradas.
A humildade em reconhecer os próprios erros é a maior grandeza do homem.
A organização TJ já esta com data de validade.. Muitos estão saindo. Se a “grande multidão que ninguém podia contar” que é contável já não era tão grande assim, vai minguar ainda mais.