Pode a Lealdade a Uma Organização Conduzir à Idolatria?
Introdução
É possível que servos sinceros de Deus sejam levados a dar a algo criado pelo homem um respeito indevido, e até mesmo adoração? O seguinte exemplo bíblico mostra que isso pode ocorrer:
O livro de Números 21:4-9 relata como Deus castigou os israelitas rebeldes no deserto, permitindo que cobras venenosas os mordessem. Muitos foram mortos pelas picadas das serpentes. Quando o povo se arrependeu e confessou seu pecado, Moisés intercedeu por eles. Deus lhe deu instruções para fazer uma serpente de cobre e colocá-la num poste:
“E terá de acontecer que, quando alguém for mordido, então deve olhar para ela e assim terá de ficar vivo.”
Em João 3:14,15 Jesus fez referência a este evento, colocando-o em paralelo com sua própria morte sacrificial:
“E assim como Moisés ergueu a serpente no ermo, assim tem de ser erguido o Filho do homem, para que todo o que nele crer tenha vida eterna.”
De modo que a serpente de cobre foi feita seguindo uma instrução direta de Deus. No entanto, ela depois veio a desagradar a Deus, porque lhe foi atribuído um papel muito diferente do que deveria ter. Os judeus começaram simplesmente a adorar a serpente de cobre. De acordo com 2 Reis 18:4 esta adoração indevida chegou a tal ponto que o rei Ezequias mandou destruí-la por volta de 700 AC:
“…e esmiuçou a serpente de cobre que Moisés tinha feito; pois até aqueles dias os filhos de Israel tinham feito continuamente fumaça sacrificial a ela e costumava ser chamada de ídolo-serpente de cobre.”
À base deste exemplo, podemos ver que algo que em si é bom, pode acabar ocupando um lugar errado na vida das pessoas, levando-as até a cometer atos de idolatria.
O que é idolatria?
A Sentinela de 1º de novembro de 1990 diz na página 26 que a idolatria pode incluir ‘atribuir salvação a uma pessoa ou a uma organização.’
Mas se uma “versão moderna” de idolatria é ‘atribuir salvação a uma pessoa ou a uma organização’, o que dizer das Testemunhas de Jeová, quando seus líderes as convidam a “vir à organização de Jeová para a salvação?” (A Sentinela de 15 de julho de 1982, pág. 21, parágrafo 18)? Se é verdade que os judeus da antiguidade colocarem muita fé em sua organização religiosa constituía idolatria (Veja Jeremias 7:1-7), o que se poderia dizer das Testemunhas de Jeová de hoje, que são incentivadas a fazerem o mesmo? Sem dúvida os escritores desse artigo de A Sentinela tinham isso em mente quando escreveram que a idolatria é, entre outras coisas, ‘atribuir salvação a uma pessoa ou a uma organização.’ Quando a Torre de Vigia escreveu no início da década de 1970 a respeito dos “idólatras da organização humana em prol de paz e segurança mundiais”, estava se referindo às pessoas que apoiavam a Organização das Nações Unidas. (A Sentinela de 15 de junho de 1972, pág. 371).
Mas, como é que podemos saber se alguém está adorando uma organização ou só mostrando o devido respeito por ela? A Sentinela de 1º de março de 1962 definiu isso na página 141:
Se uma pessoa rende serviço em obediência a alguém ou a alguma organização, quer voluntária quer compulsoriamente, considerando como algo em posição superior de domínio e com grande autoridade, então se pode dizer biblicamente que tal pessoa é adoradora.
Se aplicarmos esta definição expressa na revista A Sentinela acima, notaremos que a ONU não têm muitos “adoradores” no mundo. A esmagadora maioria das pessoas que apoia a ONU tem uma visão saudável do que a ONU pode alcançar. Por outro lado, sabe-se que a organização Torre de Vigia exige obediência inquestionável de seus membros:
EVITE IDÉIAS INDEPENDENTES…
Como se manifestam tais ideias independentes? Um modo comum é questionar o conselho provido pela organização visível de Deus.” – A Sentinela de 15 de julho de 1983, página 22.
Expostas constantemente a esses ensinos de que devem “vir à organização de Jeová para a salvação” e de que devem ‘obedecê-la sem questionar’, as Testemunhas de Jeová foram levadas a realmente constituir a Torre de Vigia como seu salvador e senhor – um ídolo organizacional que ocupa um lugar na vida de uma pessoa que caberia unicamente a Jesus Cristo. Mas isso não é tudo.
A organização Torre de Vigia também inseriu sua organização na cerimônia do batismo. Jesus ordenou aos seus discípulos que sejam batizados “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” (Mateus 28:19) Todavia, em 1985 a Torre de Vigia mudou a formulação das perguntas feitas aos candidatos ao batismo, para que o “espírito santo” fosse substituído pela “organização de Deus, dirigida pelo espírito dele.”
Portanto, desde 1985, o batismo significa para as Testemunhas não apenas se sujeitarem a Deus por intermédio de Cristo, mas também sujeitar-se à organização Torre de Vigia!
Perguntas feitas aos candidatos ao batismo antes de 1985:
(1) Reconheceu-se, perante Jeová, como pecador que necessita de salvação, e reconheceu perante Ele que esta salvação procede Dele, o Pai, por intermédio do seu Filho, Cristo Jesus?
(2) À base desta fé em Deus e na sua provisão de salvação, dedicou-se a Deus, sem reserva, para fazer doravante a sua vontade conforme lhe é revelada por ele, mediante Cristo Jesus e por intermédio da Bíblia, sob a iluminação do espírito santo?
(A Sentinela de 1º de janeiro de 1957, págs. 12, 13)
Perguntas feitas aos candidatos ao batismo depois de 1985:
(1) À base do sacrifício de Jesus Cristo, arrependeu-se dos seus pecados e dedicou-se a Jeová para fazer a vontade dele?
(2) Compreende que a sua dedicação e o seu batismo o identificam como uma das Testemunhas de Jeová, em associação com a organização de Deus, dirigida pelo espírito dele?
(A Sentinela de 1º de junho de 1985, pág. 31, grifo acrescentado.) [1]
A organização não tomou só a posição do Filho como Senhor e Salvador [2] , mas, por meio desta segunda pergunta, fez o mesmo com o Espírito Santo. Por enquanto a Torre de Vigia ainda não tentou tomar a posição do Pai – muito embora afirme ser seu porta-voz exclusivo na terra! Mas a organização se eleva quase à posição do Pai, por ter incentivado as Testemunhas de Jeová a chamá-la de “mãe”. Um exemplo disso é encontrado em A Sentinela de 15 de fevereiro de 1958, pág. 122. Um trecho desta matéria é reproduzido a seguir:
Todos nós sabemos que temos de procurar sempre melhorar na educação e conduta teocrática. Recebemos conselho constante da organização de Deus, por meio das colunas da Sentinela, dizendo-nos como devemos comportar-nos na vida teocrática. Ora, se nos esquecermos imediatamente destas coisas e recusarmos aplicá-las em nossas vidas diárias — não fazendo nem mesmo o esforço — quão desrespeitoso é isso para com a instrução ou a lei de nossa mãe! Isso não é trazer todo o dízimo à casa do tesouro de Jeová, e assim perdemos as ricas bênçãos! (Mal. 3:10) Em realidade estaremos desprezando a mesa de Jeová, desconsiderando o conselho, “abandonando a instrução de nossa mãe’. E, embora nosso proceder talvez nãoˆ seja suficiente para a organização visível tomar ação, ou até mesmo notá-lo, contudo, nosso Pai celestial não é míope, e tôda ação que êle toma é certa e segura.
Uma vez que nunca é o Pai, mas sempre a “mãe” que fala com as Testemunhas de Jeová desde a sede (Nova Iorque, EUA), na realidade é a organização Torre de Vigia que exige o respeito e a devoção delas.
Um exemplo da antiguidade
Quando Moisés permaneceu na montanha onde estava recebendo os Dez Mandamentos de Deus, os israelitas ficaram inquietos e decidiram adorar a Deus por meio de um bezerro de ouro. Depreende-se do relato bíblico que eles ainda estavam determinados a adorar a Deus, ainda que por meio de um objeto criado. Aos olhos deles não era, portanto, uma questão de abandonar a Deus e escolher outro deus. Lemos em Êxodo 32:4,5:
Ele [Arão] as tomou das mãos deles, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro fundido. Então eles disseram: Estes são, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito. Arão, vendo isso, edificou um altar diante dele, fez uma proclamação e disse: Amanhã será festa solene a Jeová.” (Sociedade Bíblica Britânica)
Todavia, ainda que os israelitas estivessem usando o nome de Deus, alegando que estavam servindo a Ele, o bezerro era uma abominação aos olhos de Deus. Eles tinham se entregado à adoração duma criatura. Deus queria que os seus adoradores acreditassem nele, e não numa imagem que se dizia representá-lo.
Na capa de A Sentinela de 1º de setembro de 1979 aparece uma imagem da montanha onde Moisés permaneceu. Ironicamente, há também uma imagem dos associados à Torre de Vigia abaixo da montanha, com um texto em letras grandes dizendo: “TENHA FÉ numa ORGANIZAÇÃO VITORIOSA”.
A organização Torre de Vigia muitas vezes enfatiza a autoridade da Bíblia e da verdade. Ela geralmente faz referência a 2 Timóteo 3:16,17, onde lemos, segundo a Tradução do Novo Mundo:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça, a fim de que o homem de Deus seja plenamente competente, completamente equipado para toda boa obra.”
Segundo estas palavras, a Bíblia pode tornar um homem totalmente equipado para toda boa obra. Mas, na prática, a organização Torre de Vigia não acredita nesta verdade. Em A Sentinela de 1º de dezembro de 1990, página 19, lemos:
“Encaremos o fato de que não importa o quanto tenhamos lido a Bíblia, jamais teríamos aprendido a verdade por conta própria.”
A Sentinela de 1º de agosto de 1982 disse também:
“Jeová Deus proveu também sua organização visível, seu “escravo fiel e discreto”, composto dos ungidos com o espírito, para ajudar os cristãos em todas as nações a entender e a aplicar corretamente a Bíblia na sua vida. A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia.” (Página 27)
Embora a Torre de Vigia enfatize com frequência a autoridade da Bíblia, na realidade esta não têm seu próprio valor ou sua própria força para o leitor da Bíblia individual. Sem a ajuda da Torre de Vigia ninguém pode entendê-la e tirar proveito dela. A verdadeira autoridade, portanto, mudou da Bíblia para a organização Torre de Vigia e suas publicações:
“A Bíblia é um livro de organização e pertence à congregação cristã como organização, e não a indivíduos, não importa quão sinceramente creiam poder interpretar a Bíblia. Por esta razão, a Bíblia não pode ser devidamente entendida sem se ter presente a organização visível de Jeová.” (A Sentinela de 1º de junho de 1968, página 327).
“Considere também que só a organização de Jeová, em toda a terra, é dirigida pelo espírito santo ou a força ativa de Deus. (Zacarias 4:6) Apenas esta organização funciona para o propósito de Jeová e para o seu louvor. Ela é a única para a qual a Palavra Sagrada de Deus, a Bíblia, não é um livro lacrado.” – A Sentinela de 1º de janeiro de 1974, pág. 18
“Não há dúvida sobre isso. Todos nós precisamos de ajuda para entender a Bíblia, e não podemos encontrar a orientação bíblica de que precisamos fora da organização do “escravo fiel e discreto”. – A Sentinela de 15 de agosto de 1981, pág. 19
A liderança da organização só tem palavras condenatórias e depreciativas para lançar contra os que optam por buscar a vontade de Deus nas próprias palavras dele, sem a intervenção da organização:
“Dizem que basta ler exclusivamente a Bíblia, quer em particular, quer em pequenos grupos em casa. Mas, o que é estranho é que por meio de tal ‘leitura da Bíblia’ voltaram novamente para trás, para as doutrinas apóstatas que os comentários dos clérigos da cristandade estavam ensinando há 100 anos…” – A Sentinela de 1º de junho de 1982, página 28
“Desviar-se alguém de Jeová e de sua organização, desprezar a orientação do “escravo fiel e discreto” e estribar-se simplesmente na leitura e interpretação pessoais da Bíblia é como tornar-se uma árvore solitária numa terra árida.” – A Sentinela de 1º de junho de 1985, página 20
Muitas pessoas, incluindo um número crescente de Testemunhas de Jeová, estão profundamente preocupadas com a posição que a liderança da organização Torre de Vigia tem reivindicado para si mesma. [3] A partir do momento em que se ensina aos seus membros que esta organização é o “porta-voz exclusivo de Deus na terra”, o único caminho para Deus, o único grupo na terra a quem se deve consultar para entender a Bíblia e tirar proveito dela, e até mesmo o grupo com o qual se deve identificar por meio do batismo para se alcançar a salvação – então esta organização está ocupando um lugar na vida dessas pessoas que, sem dúvida, pode ser equiparado a um ídolo.
APÊNDICE
OUTRAS REFERÊNCIAS NAS PUBLICAÇÕES, ONDE A ORGANIZAÇÃO É IGUALADA A DEUS E SE CONDICIONA A SALVAÇÃO COM ESTAR ASSOCIADO COM ELA
O restante agora “vê visões”; ou seja, é-lhe dado um entendimento de coisas não entendidas até agora. Uma bênção especial é a porção do restante decifrando o código de sinais do livro de Revelação; também os que amam a justiça, e ouvem e obedecem ao que entendem, serão abençoados… O tempo para o cumprimento da profecia de Revelação parece ser de por volta de 1879 em diante até que o reino esteja em pleno funcionamento. Foi por volta dessa data que a segunda presença do Senhor começou a ser observada, e essa e outras verdades começaram a aparecer em A Torre de Vigia, que desde então até agora tem sido o meio de comunicar a verdade aos que amam o Senhor. Todos os que amam a Deus creem supremamente que A Torre de Vigia foi iniciada e tem sido mantida pelo seu poder e graça. O tempo para o entendimento da profecia de Revelação deve ser necessariamente depois da vinda do Senhor ao seu templo. Os que entendem seu significado verão o grande e abençoado privilégio de ser testemunhas para o Senhor e para seu nome e propósitos. (Livro Light – Book I [Luz – Livro 1], 1930, pág. 12).
Jeová favoreceu seu povo pactuado com o conhecimento de seus propósitos e colocou sobre os anciãos de cada eclésia a obrigação de alimentar e instruir o rebanho de Deus em sua Palavra (1 Ped. 5:2) O Senhor está usando e tem usado A Torre de Vigia desde sua fundação como seu canal de comunicação para e entre seu povo; e nos últimos anos A Torre de Vigia tem repetidamente chamado a atenção para a organização iníqua de Satanás. (Livro Vindication – Book I [Vindicação – Livro 1], 1931, pág. 77.
A Torre de Vigia não é instrumento de nenhum homem ou grupo de homens, nem é publicada de acordo com os caprichos dos homens. Nenhuma opinião de homem é expressa em A Torre de Vigia. Deus alimenta seu próprio povo, e Deus certamente usa os que o amam e o servem de acordo com sua própria vontade. Os que se opõem à A Torre de Vigia não são capazes de discernir a verdade que Deus está dando aos filhos de sua organização, e esta é a prova mais forte de que tais opositores não são da organização de Deus. (The Watchtower [A Torre de Vigia] de 1° de novembro de 1931, pág. 327)
Certos deveres e interesses do reino foram confiados pelo Senhor aos seus anjos, que incluem a transmissão de informações ao povo ungido de Deus na terra para sua ajuda e conforto. Embora não possamos entender como os anjos transmitem essa informação, sabemos que eles o fazem; e as Escrituras e os fatos mostram que é feito… A iluminação procede de Jeová por meio e através de Cristo Jesus e é dada aos fiéis ungidos na terra no templo, e lhes traz grande paz e consolação. Novamente Zacarias conversou com o anjo do Senhor, o que mostra que o restante é instruído pelos anjos do Senhor. O restante não ouve sons audíveis, porque isso não é necessário. Jeová providenciou seu próprio bom modo de transmitir pensamentos à mente de seus ungidos. (Livro Preparation [Preparação], 1933, págs. 36, 37, 64)
O Juiz Rutherford não poderia escrever essas coisas a menos que fosse usado por Deus. (The Golden Age [A Idade de Ouro], 23 de outubro de 1935, pág. 50 (imagem).
A tal restante de servos fiéis de Jeová Deus, Cristo Jesus confiou “seus bens”, ou interesses terrestres do Reino. Isso não significa que o restante fiel ou sociedade das testemunhas ungidas de Jeová seja um tribunal terrestre de interpretação, delegado para interpretar as Escrituras e suas profecias. Não; Cristo Jesus, o Rei, não lhes confiou essa incumbência, O SUPREMO TRIBUNAL AINDA INTERPRETA, graças a Deus; e Cristo Jesus, o porta-voz oficial de interpretação, reserva-se a si mesmo essa incumbência como Cabeça da classe de “servo fiel e sábio”. Ele simplesmente usa a classe do “servo” para publicar a interpretação, depois que a Suprema Corte a revela por meio de Cristo Jesus. (The Watchtower [A Sentinela] de 1° de julho de 1943, pág. 203).
Não nos é permitido corromper ou vituperar a organização por comportamento impuro e daí permanecer dentro da organização, pois isso obraria como levedura e tenderia a fermentar a organização inteira com impureza, hipocrisia e pecado. Tornaria a organização odiosa diante das pessoas sinceras e impediria que estas pessoas ofendidas entrassem na organização e se salvassem. Não podemos de maneira coerente lograr nossa própria salvação e ao mesmo tempo impedir que outros o logrem por causa do nosso comportamento vituperioso e imoral que afeta a organização de Deus. (A Sentinela de 1° de novembro de 1951, pág. 176).
Quando vemos este sinal composto, é tempo para obedecermos à admoestação de Jesus e fugirmos para a organização de Deus a fim de encontrar segurança durante o Armagedon. (A Sentinela de 1° de agosto de 1952, pág. 115).
Então saibam todos que este tempo do juízo das nações não é mero ensaio para um segundo juízo decisivo que virá no futuro, por isso fazendo que a destruição das pessoas no Armagedon não valha para a eternidade. Saibam que todos que viverem até o Armagedon serão batizados, ou com fogo para a destruição com os iníquos ou com salvação para a vida com a organização teocrática. (A Sentinela de 1° de dezembro de 1952, págs. 184, 185).
Se espera alcançar as praias do reino prometido por Deus, então tem de permanecer em harmonia com a organização de Deus sob a chefia do Moisés maior, Cristo Jesus, ao marchar ela fora deste velho sistema de coisas, através dos muros partidos das águas destrutivas do Armagedon para a liberdade do novo mundo. Arrastar os pés ou ficar para trás significa correr o risco de ser alcançado pelo Diabo e suas hostes perseguidoras de egípcios. (A Sentinela de 1° de outubro de 1953, pág. 155).
Jeová tem hoje na terra uma organização instrutora. Os que procuram sinceramente a verdade deviam escutá-la. Não somente deviam aprender o que está errado, para eliminá-lo, mas deviam aprender o que é correto, para colocá-lo no seu lugar. Depois de se haver lançado fora as religiões falsas, deve-se ficar cheio da religião verdadeira, para sua proteção e salvação. (A Sentinela de 1° de dezembro de 1955, pág. 217).
Identifiquemos agora inconfundivelmente o instrumento de comunicação de Jeová para nossos dias, para que continuemos no seu favor… Sim, especialmente desde 1919 tem-se aplicado que êle [Deus] nomeou o corpo coletivo do restante ungido sôbre todos os interêsses visíveis do Reino. O “escravo” tornou-se então responsável não somente pela administração das necessidades dos membros do corpo ungido, mas também pela pregação das boas novas do Reino estabelecido a pessoas de todas as nações… Isto se dá, não por causa da sua determinação neste sentido, mas porque o próprio Deus o orientou assim. “Deus dispoz os membros no corpo, cada um deles como lhe aprouve”, é a maneira como o representa 1 Coríntios 12:18. É vital que reconheçamos êste fato e que aceitemos as direções do “escravo” assim como aceitaríamos a voz de Deus, porque isto é a provisão Dêle. (A Sentinela de 15 de maio de 1958, pág. 306).
Por que se dá esta tremenda afluência de pessoas à organização das testemunhas de Jeová? Dá-se porque as pessoas estão achando a salvação. (A Sentinela de 15 de maio de 1959, pág. 306).
Para apegar-se à chefia de Cristo, é portanto necessário obedecer à organização que êle dirige pessoalmente. Fazer o que a organização diz é fazer o que êle diz. Resistir à organização é resistir a êle. (A Sentinela de 1° de novembro de 1959, pág. 653).
Os fatos mostram que durante este tempo [de 1919 até o momento em que isso foi escrito], e até o momento atual, a classe do “escravo” tem servido como canal coletivo exclusivo de Deus para a corrente da verdade bíblica que se dirige aos homens na terra. Assim como a primitiva congregação cristã serviu coletivamente como canal de comunicação do céu para a terra, assim também se dá em nosso tempo. (Efé. 3:10) Abundante alimento espiritual e notáveis pormenores quanto ao cumprimento da vontade de Deus têm sido transmitidos através deste canal exclusivo, o que é em realidade evidência miraculosa da operação do espírito santo. A situação atual da sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová, que ascende a quase um milhão de ministros em 175 países, dá eloqüente testemunho de que não se trata dum produto da sagacidade humana. Antes, é o produto do espírito santo operando teocràticamente através dum canal provado, influenciando as vidas de dedicados homens e mulheres em todas as rodas da vida. — Zac. 4:6. (A Sentinela de 15 de janeiro de 1961, pág. 55)
Assim como Jeová revelou suas verdades por meio da congregação cristã do primeiro século, assim também êle o faz, atualmente, por meio da atual congregação cristã. Por meio desta agência, faz com que se cumpra o profetizar em escala intensificada e sem paralelo. Tôda esta atividade não é feita por acaso. Jeová é quem está por trás de tôda ela. (A Sentinela de 15 de dezembro de 1964, pág. 749)
O homicida inintencional em Israel não fugia para o exterior, deixando seu país, mas se dirigia para a cidade de refúgio, a qual pertencia aos levitas não sacerdotais; a cidade de Hebrom pertencia aos sacerdotes aarônicos. Isto significa que a provisão de salvação está intimamente relacionada com a organização de Jeová. Um restante da classe sacerdotal espiritual ainda está na terra, atualmente, formando o núcleo da congregação do povo de Jeová… Portanto, a organização visível do povo de Deus tem algo que ver com a provisão de salvação, atualmente. Deveras, tem lugar importante em tal provisão. Toda congregação forma uma pequena parte do povo de Deus. Não podemos permanecer fora da organização do povo de Deus, separados dela, se quisermos ter a proteção de Jeová. … Se quisermos assegurar a nossa salvação eterna, temos de permanecer nos limites da amorosa provisão de Jeová Deus, associados com sua organização visível, presidida pelo Seu Sumo Sacerdote. (A Sentinela de 15 de fevereiro de 1968, págs. 115, 119).
Apresse-se em identificar a organização teocrática visível de Deus que representa seu rei, Jesus Cristo. É essencial para a vida. Ao fazê-lo, torne-se completo em aceitar todos os seus aspectos… A organização visível de Jeová se baseia firmemente no alicerce duodécuplo dos “apóstolos do Cordeiro”, sendo o próprio Jesus Cristo a pedra angular de alicerce. (Rev. 21:14, 19, 20; Efé. 2:20-22) Portanto, ao submeter-nos à organização teocrática visível de Jeová, temos de estar em pleno e completo acordo com toda fase de suas normas e seus requisitos apostólicos. (A Sentinela de 1° de junho de 1968, págs. 331, 332).
Considere também que só a organização de Jeová, em toda a terra, é dirigida pelo espírito santo ou a força ativa de Deus. (Zac. 4:6) Apenas esta organização funciona para o propósito de Jeová e para o seu louvor. Ela é a única para a qual a Palavra Sagrada de Deus, a Bíblia, não é um livro lacrado… Quanto os verdadeiros cristãos apreciam associar-se com a única organização na terra que compreende as “coisas profundas de Deus”! (A Sentinela de 1° de janeiro de 1974, pág. 18)
Está disposto a ‘cingir-se de humildade mental’, de “pôr o avental da humildade”? Está disposto a aceitar o modo de Jeová salvar? Neste século vinte, temos um exemplo de humildade, de humildade mental, encontrado em todo o mundo. Existe na organização das testemunhas de Jeová. Por que não prossegue na leitura e vê como se ajustaram humildemente ao modo de Jeová salvar? (A Sentinela de 1° de janeiro de 1975, pág. 23).
Os quatro anjos não vão ‘segurar firmemente’ para sempre os quatro ventos da terra. Podemos sentir-nos felizes de que o fizeram até agora, e que isso resultará na salvação de milhões de pessoas da humanidade. Mas, o tempo se esgota rapidamente. Precisamos ficar atentos, alertas, constantemente avançando junto com a organização de Deus na terra. (A Sentinela de 15 de janeiro de 1979, pág. 13).
E embora o testemunho dado agora ainda inclua o convite de vir à organização de Jeová para a salvação, sem dúvida virá o tempo em que a mensagem assumirá um tom mais duro, igual a um “grande grito de guerra”. (A Sentinela de 15 de julho de 1982, pág. 21).
Quando o nosso Pai celestial Jeová Deus fala, quer através de sua Palavra, a Bíblia, quer através de sua organização terrestre, é ainda mais importante escutar e obedecer, provando que somos adoradores obedientes que não desprezam o amoroso lembrete: “Você me ouviu?” (A Sentinela de 1° de abril de 1988, pág. 31).
Da mesma forma, no céu, (1) Jeová Deus origina os seus proferimentos; daí, (2) a sua Palavra ou Porta-voz oficial, agora conhecido como Jesus Cristo, em muitos casos, transmite a mensagem; (3) o espírito santo de Deus, que é a força ativa empregada qual condutor da comunicação, transmite-a em direção à terra; (4) o profeta de Deus na terra é o receptor da mensagem; e (5) ele, por sua vez, a divulga para o proveito do povo de Deus. (Livro Toda a Escritura é Inspirada por Deus, 1990, pág. 9)
Os estudantes da Bíblia precisam familiarizar-se com a organização do “um só rebanho” sobre o qual Jesus falou em João 10:16. Tem de compreender que identificar-se com a organização de Jeová é essencial para a sua salvação. (Rev. 7:9, 10, 15) Portanto, devemos começar a encaminhar os estudantes da Bíblia à organização assim que o estudo bíblico for firmado. (Nosso Ministério do Reino, novembro de 1990, pág. 1).
Para garantir a salvação, Noé e sua família tinham de exercer fé. Isto significava seguir instruções e os ditames do espírito santo de Deus. Durante a grande tribulação, será igualmente imperativo que sigamos os ditames do espírito santo e obedeçamos as instruções que Jeová dará por meio de sua organização. (A Sentinela de 15 de setembro de 1991, pág. 17).
Mas, se nos afastarmos da organização de Jeová, não haverá outro lugar para ir em busca de salvação e verdadeira alegria. (A Sentinela de 15 de setembro de 1993, pág. 22).
Assim como o corpo precisa de alimento, cuidado e orientação, nós precisamos das provisões espirituais que Deus nos dá por meio da sua Palavra, do seu espírito e da sua organização. Para tirar proveito destas provisões, temos de fazer parte da família terrestre de Jeová. Depois de muitos anos no serviço de Deus, um irmão escreveu: “… Se há alguma coisa de suma importância para mim, esta é a questão de conservar-me bem achegado à organização visível de Jeová. As minhas primeiras experiências me ensinaram quão imprudente é confiar em raciocínios humanos. Quando tomei mentalmente uma resolução neste sentido, determinei permanecer com a fiel organização. De que outra maneira se pode obter o favor e as bênçãos de Jeová?” (A Sentinela de 15 de julho de 1996, pág. 20).
Em nossos dias, quando chega o tempo para esclarecer certo assunto espiritual, o espírito santo ajuda homens de responsabilidade, que representam o “escravo fiel e discreto” na sede mundial, a discernir verdades profundas não entendidas antes. (A Sentinela de 15 de julho de 2010, pág. 23)
Também hoje, um Corpo Governante composto de cristãos ungidos por espírito contribui para a união da congregação mundial. O Corpo Governante produz publicações espiritualmente animadoras em muitas línguas. Esse alimento espiritual baseia-se na Palavra de Deus. Portanto, o ensino não é de homens, mas de Jeová… Neste tempo do fim, Cristo confiou “todos os seus bens” — todos os interesses terrestres do Reino — a seu “escravo fiel e discreto”, representado pelo Corpo Governante, um grupo de homens cristãos ungidos. (Mat. 24:45-47) Os ungidos e seus companheiros das outras ovelhas reconhecem que, por seguirem a direção do atual Corpo Governante, estão na realidade seguindo seu Líder, Cristo. (A Sentinela de 15 de setembro de 2010, págs. 13, 23)
Notas
[1] Para mais informações sobre isso, veja o artigo O Batismo – Quem o Torna Válido?
[2] Entre as publicações que deixam evidente esta usurpação do papel de Cristo por parte da organização, podem ser citadas estas:
“As verdades que havemos de publicar são aquelas que a organização do escravo discreto fornece, e não algumas opiniões pessoais contrárias ao que o escravo providenciou como sendo sustento conveniente.” (A Sentinela de novembro de 1952, pág. 164.)
“Os que permanecem leais à organização de Jeová adotam o conceito que os apóstolos tinham, quando muitos dos discípulos de Jesus deixaram de segui-lo. Pedro expressou os sentimentos deles, dizendo: Senhor, para quem iremos? Tu tens declarações de vida eterna.” (João 6:68) As “ovelhas” leais vêem que o caminho para a vida é com a organização fiel de Jeová.” (A Sentinela de 15 de dezembro de 1962, pág. 763).
– Os grifos foram acrescentados.
Desse modo, as palavras simples de Cristo quanto a ele próprio ser a “verdade” e a “vida” perdem o sentido, já que a organização atribui essas prerrogativas a si mesma.
[3] A Sentinela de 1º de agosto de 1982, pág. 30:
Muitos pretensos cristãos têm poucos escrúpulos quanto a violar as leis de Deus, quando César manda fazer isso. Certo patriota expressou isso até mesmo do seguinte modo: “Nossa pátria!. . . que ela sempre tenha razão; mas nossa pátria acima de tudo, tenha ela razão ou não.” Mas isso não se dá com as testemunhas cristãs de Jeová! Quando se lhes ordena que violem a vontade de Deus, repetem as palavras dos apóstolos de Jesus, dizendo: “Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens.”
Não há dúvida de que exaltar desse modo o país onde se nasceu é algo desequilibrado, equivalendo a idolatria. Ao falar sobre a organização, porém, A Sentinela de 1º de agosto de 1997 diz na pág. 11:
“Hoje em dia, a organização terrestre de Deus é muito superior ao sistema judaico com o seu templo. Deve-se admitir que não é perfeita; é por isso que de vez em quando se precisam fazer ajustes. Mas ao mesmo tempo não está permeada de corrupção, nem está Jeová Deus prestes a substituí-la. Nunca devemos permitir que quaisquer imperfeições que percebamos nela nos amargurem ou nos induzam a adotar um espírito crítico e negativo. Em vez disso, imitemos a lealdade de Jesus Cristo. — 1 Pedro 2:21.”
Pronunciamentos como este na realidade ecoam as palavras expressas pelo patriota mencionado acima: