O Evangelho de Jesus Cristo e o Reino de Deus
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E o que dizer da natureza humana? No mundo de hoje, vemos a ganância
e o egoísmo reinantes nos corações humanos. Em países ricos, as pessoas
estão literalmente morrendo de supernutrição, enquanto em países pobres
milhares morrem de fome. Como poderia ser criado um mundo onde o amor a Deus e ao próximo
norteiem nossas decisões cotidianas? Um mundo justo e pacífico só pode existir
quando seu povo dá grande valor à justiça e à paz e verdadeiramente cuida
uns dos outros. As pessoas teriam de ser transformadas em algo melhor,
mas é isso possível?
Infelizmente, a mensagem clara
da Bíblia foi corrompida por igrejas e líderes religiosos que afirmam
representar a Deus. Missionários cristãos têm usado freqüentemente suas
posições para promover os interesses empresariais e políticos de seus
próprios países. Líderes religiosos corruptos têm usado o cristianismo
para satisfazer sua própria ganância ou desejo de poder, em vez de ajudar
seus seguidores a conhecerem Cristo. Lamentavelmente, o cristianismo tem
sido usado com freqüência para subjugar as pessoas em vez de libertá-las.
Mas este não é o cristianismo ensinado por Jesus Cristo e seus apóstolos
na Bíblia. Jesus disse:
“Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. Porém o maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mateus 23:8-12, ARC)
“Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.” (João 18:36, ARC)
O que é este reino sobre o qual Jesus falou que “não é deste mundo”?
É o reino de Deus, o lugar de
grande alegria, onde Deus reina sobre sua criação. Ele vem até nós em
duas etapas. A primeira é a inauguração ou nascimento desse reino, na
primeira vinda de Jesus à
Terra há uns dois mil anos. Naquele tempo o reino de Deus entrou neste
mundo em silêncio, subversivamente, na pessoa de Jesus. Conforme Jesus
ajuntou os discípulos a si, estes também foram levados para o reino de
Deus, e continuam a sê-lo até os nossos dias:
“O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: ‘Aqui está ele’, ou ‘Lá está’; porque o Reino de Deus está entre vocês.” (Lucas 17:20-21, NVI)
“Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados.” (Colossenses 1:13, 14, NVI)
“Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.” (Romanos 14:17, NVI)
E assim o Reino de Deus reuniu seus cidadãos desde o tempo de Jesus, e estes verdadeiros discípulos de Cristo têm testemunhado a retidão, a justiça e as alegrias desse reino. Mas o mundo geralmente os odiou e perseguiu. Seus governos se opuseram ao governo de Deus. No entanto, vem a hora em que o reino de Deus irá abranger mais do que apenas o reino dos verdadeiros discípulos de Jesus. Ele por fim abrangerá toda a terra. Esta é a segunda etapa, também conhecida como consumação. Isso ocorre com o retorno glorioso de Jesus Cristo.
O
livro de Daniel descreve profeticamente esta consumação:
“Na época desses reis [os reinos deste mundo, que estão em oposição
ao Reino de Deus], o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será
destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos
esses reinos e os exterminará, mas esse reino durará para sempre.” (Daniel
2:44,
NVI)
“Eu [Daniel] estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que
vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem [Jesus Cristo]; e dirigiu-se
ao ancião de dias [Iavé Deus, o Pai], e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe
[a Jesus] dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos,
nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não
passará, e o seu reino tal, que não será destruído.” (Daniel 7:13, 14, ARC)
No tempo designado por Deus,
seu reino sob Jesus Cristo removerá os governos deste mundo, e os substituirá
como autoridade única. Uma vez que já presenciamos muitas profecias cumpridas
num nível de detalhe surpreendente, podemos ter certeza de que esta profecia
também se cumprirá. Sabendo-se que o reino de Deus substituirá os reinos
deste mundo, fica claro que os cristãos não devem se misturar na política
ou apoiar guerras, pois isso seria dividir nossas lealdades. As igrejas
ou líderes religiosos que se misturam com os poderes políticos não entenderam
este ensino bíblico claro ou optaram por ignorá-lo.
“Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus.” (Tiago 4:4, NVI)
Naturalmente, é verdade
que os governos deste mundo oferecem muitas necessidades e serviços básicos,
pelos quais pagamos impostos. Eles também provêem uma força estabilizadora,
sem a qual haveria caos e turbulência. O apóstolo Paulo, um discípulo
de Jesus Cristo, reconheceu isso em sua carta aos romanos:
“Todos devem sujeitar-se às
autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus;
as autoridades que existem foram por ele estabelecidas.” (Romanos
13:1, NVI)
Paulo reconhece que Deus permitiu que estes governos do mundo existam,
ainda que Ele pretenda destruí-los e substituí-los pelo reino dele no
futuro. Então, não devemos nos opor aos governos deste mundo, ou incitar
oposição contra eles de maneira alguma. Como cristãos, devemos obedecer
às leis do país e pagar nossos impostos honestamente. Mas é a nossa obediência
aos nossos governos absoluta? De
modo algum – Jesus nos fornece o princípio:
“Mas Jesus, percebendo a má intenção deles, perguntou: "Hipócritas!
Por que vocês estão me pondo à prova? Mostrem-me a moeda usada para pagar o imposto".
Eles lhe mostraram um denário, e ele lhes perguntou: "De quem é esta
imagem e esta inscrição?” “De César.”, responderam
eles. E ele lhes disse: “Então, dêem a César o que é de César e a Deus
o que é de Deus”.” (Mateus 22:18-21, NVI)
Se nosso governo nos pedisse para fazer algo em violação de algum
ensino bíblico claro, teríamos de recusar. Ou seja, temos de “dar a Deus
o que é de Deus.” Isso é precisamente o que o apóstolo Pedro, outro discípulo
de Jesus, fez quando as autoridades governamentais ordenaram que ele parasse
de pregar as boas novas de Jesus Cristo e do Reino of de Deus:
“Tendo levado os apóstolos, apresentaram-nos ao Sinédrio para serem
interrogados pelo sumo sacerdote, que lhes disse: "Demos ordens expressas
a vocês para que não ensinassem neste nome. Todavia, vocês encheram Jerusalém com sua
doutrina e nos querem tornar culpados do sangue desse homem".
Pedro e os outros apóstolos responderam: "É preciso obedecer antes
a Deus do que aos homens! (Atos 5:27-29,
NVI)
Os cristãos fazem o seu melhor para levar uma vida pacífica, honesta, obedecendo às leis do país e contribuindo de forma positiva para a comunidade em que vivem. No entanto, a lealdade primária deles é a Deus e a seu Cristo. Os mandamentos de Deus sempre anularão as leis do homem se houver um conflito. Os cristãos pertencem ao Reino de Deus e não aos reinos deste mundo. Eles testemunham ao mundo sobre as grandes bênçãos espirituais de estar no reino de Deus agora, e avisam o mundo de que vem a hora em que Jesus voltará em poder régio para remover os governos deste mundo e reinar sobre a terra. Eles convidam todos a virem a Jesus agora, tornarem-se seus discípulos, e obter um vislumbre do Reino de Deus.
A
Bíblia descreve esse tempo futuro, em que o reino dominará sobre a terra:
“Ouvi uma grande voz, vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo
de Deus está com os homens e ele habitará com eles; eles serão o seu povo
e Deus mesmo estará com eles, e enxugará toda a lágrima dos olhos deles.
Não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem choro, nem dor, porque
as primeiras coisas são passadas. Disse aquele que estava sentado sobre
o trono: Eis que faço novas todas as
coisas. Disse-me ele também: Escreve, porque estas palavras são fiéis
e verdadeiras.” (Apocalipse 21:3-5, SBB)
Será um tempo glorioso, em que Deus habitará com os homens, e “não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem choro, nem dor.”
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Será um paraíso. Os ricos não mais possuirão tudo, sendo o povo pobre deixado na miséria:

Será um tempo de paz, mesmo
entre os animais:
“O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará ao pé do cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequenino os conduzirá. A vaca e a ursa pastarão, as suas crias se deitarão juntas e o leão comerá palha como o boi. A criança de peito brincará sobre a toca do áspide, e a criança desmamada meterá a mão na cova do basilisco.” (Isaías 11:6-8, SBB)
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“As eiras ficarão cheias de trigo; os tonéis transbordarão de vinho
novo e de azeite.” (Joel 2:24,
NVI)
“O deserto e a terra sedenta se regozijarão; e o ermo exultará e florescerá.” (Isaías 35:1, IBB)
Os mortos serão ressuscitados e haverá
um julgamento:
“E tenho em Deus a mesma esperança
desses homens: de que haverá ressurreição tanto de justos como de injustos.”
(Atos 24:15,
NVI)
“E esta é a vontade daquele
que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite
no último dia.” (João 6:39,
NVI)
“O mar entregou os mortos
que nele havia; a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia;
e cada um foi julgado segundo as suas obras.” (Apocalipse 20:13, SBB)
Mais importante, será
um momento em que a verdade de Deus e seus propósitos serão conhecidos
por todos. A humanidade será unida na verdadeira adoração de Deus, nosso
Pai Celestial:
Não farão dano nem destruirão
em todo o meu santo monte, porque a terra será cheia do conhecimento de
Jeová, assim
como as águas cobrem o mar.” (Isaías 11:9, SBB)
Quando podemos esperar
que o Reino de Deus comece a governar? Não podemos dizer com certeza.
As muitas profecias da Bíblia sobre esse evento sugerem que o tempo está
próximo. No entanto, Jesus afirmou claramente que nem mesmo ele sabia
o tempo, só o Pai dele, o Deus Todo-Poderoso sabe (Atos 1:7). Portanto,
devemos continuar a orar para que Deus em breve estabeleça o seu reino
sobre a terra, e a levar nossas vidas na expectativa desse tempo.
O que dizer da natureza humana imperfeita e pecaminosa? Como Deus resolve este problema?
Jesus Cristo e o Problema do Pecado
A Bíblia ensina que nossos primeiros pais,
os primeiros seres humanos criados por Deus, Adão e Eva, foram enganados
por um anjo mau, conhecido como Satanás, o Diabo (Gênesis 3:1-19). Deus
os tinha colocado num belo jardim, e lhes deu o domínio sobre todos os
animais. Havia apenas uma restrição. Ele ordenou-lhes que não comessem
da Árvore do Conhecimento, e assegurou-lhes que se comessem dela eles
morreriam. Eles tinham duas opções: obedecer a Deus e viver para sempre,
ou desobedecer a Deus e perder a sua vida eterna. A questão era a soberania
de Deus, o seu direito de governar.
Satanás, um anjo mau que se opõe a Deus,
enganou Eva. Ele afirmou que o que Deus tinha dito era uma falsidade e
que se ela comesse da Árvore do Conhecimento, seus olhos se abririam e
ela seria como Deus, conhecendo o bem e o mal. É claro que tudo isso era
mentira, mas Eva tolamente escolheu dar ouvidos a Satanás e não a Deus.
Em seguida, ela convenceu Adão a segui-la na desobediência, dando a ele
um pouco do fruto proibido para comer.
Por terem dado ouvidos a Satanás, desobedecendo
à ordem explícita de Deus, o pecado foi introduzido na humanidade. Pecado
significa simplesmente uma falha em obedecer aos mandamentos de Deus.
Esta tendência pecaminosa foi transmitida a todos os descendentes de Adão
e Eva – a inteira raça humana. Deus então expulsou Adão e Eva do paraíso,
e removeu deles o seu espírito. Eles envelheceram e morreram, assim como
Deus havia dito. Desde o momento dessa rebelião, é impossível que os seres
humanos levem uma vida sem pecado e tenham comunhão direta com Deus, com
base em seu próprio mérito.
Para agravar o problema, Satanás ainda está
ativo e forte, e continua a enganar a humanidade:
“O
grande dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente chamada diabo
ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos foram lançado
à terra.” (Apocalipse 12:9,
NVI)
“Sabemos
que somos de Deus, e que o mundo todo jaz sob o Maligno.” (1 João 5:19, CBC)
Assim, Deus tinha um dilema. Seus primeiros humanos criados haviam se rebelado contra Ele, e por fim produziriam bilhões de descendentes desobedientes e pecaminosos e um mundo desencaminhado por Satanás. Porém, apesar de nossa estupidez e rebeldia, Deus continuou a nos amar e queria nos redimir de nosso procedimento tolo. Não havia nada que pudéssemos oferecer a Deus para nos redimir, já que somos completamente imperfeitos, e não temos coisa alguma que não tenha sido dada por Deus. De modo que Deus mesmo teria de providenciar algo para satisfazer seus próprios princípios de justiça.
O Problema do Pecado Resolvido
O que Deus poderia dar, que seria tão precioso
e de valor tão alto que poderia resgatar toda a humanidade pecadora? A
resposta é o seu filho unigênito, Jesus. Não há nada mais valioso ou precioso
para alguém do que o seu filho primogênito. Jesus existia no céu com Deus
por eras antes de vir à
terra (Provérbios 8:22-31). Ele teria de ser miraculosamente transformado
num ser humano, e nascer duma mulher, a fim de oferecer um sacrifício
humano perfeito. A vida perfeita de Jesus seria um resgate equivalente
à vida perfeita de Adão, que foi perdida no Éden:
“De
sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.
Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo
obediente até à morte e morte de cruz.”
(Filipenses 2:5-8, BLH)
“O
nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia casar com José.
Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo Espírito Santo. José, com
quem Maria ia casar, era um homem que sempre fazia o que era direito.
Ele não queria difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato
de casamento sem ninguém saber. Enquanto José estava pensando nisso, um
anjo do Senhor apareceu a ele num sonho e disse: — José, descendente de
Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida
pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus,
pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.” (Mateus 1:18-21,
BLH)
Deus declara que este
sacrifício é suficiente para redimir todos os homens, e então fornece
o sacrifício. O padrão de justiça de Deus é,
desta maneira, completamente satisfeito.
“Porque,
assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos
veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também
todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo,
as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.” (1 Coríntios 15:21-23, ARC)
Deus deu seu único filho como um sacrifício
pelos nossos pecados, a fim de satisfazer suas leis universais da justiça.
Qualquer pessoa que acredita neste sacrifício e se arrepende de seus pecados
será perdoada e considerada justa aos olhos de Deus. Nesta oferta sagrada,
vemos o profundo amor de Deus por sua criação:
“Porque
Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele
que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16, BLH)
Jesus aceitou voluntariamente essa tarefa,
e veio à
terra há uns dois mil anos para ensinar às pessoas sobre o reino de Deus,
e dar a sua vida como sacrifício. Depois de três anos e meio de ministério,
ele foi falsamente acusado pelos líderes religiosos, que pressionaram
o governo romano para que ele fosse executado. Ele voluntariamente sofreu
abusos e torturas, e por fim a crucificação: foi pregado numa cruz de
madeira e abandonado para morrer:
Mas
Deus nos mostrou o quanto nos ama: Cristo morreu por nós quando ainda
vivíamos no pecado. (Romanos 5:8, BLH)
Porém, Jesus não permaneceu morto. Três dias depois, ele foi
ressuscitado por Deus, seu Pai. Ele apareceu para mais de 500 discípulos,
ensinando-os e fortalecendo-os para o trabalho de pregação à frente. Ele
ordenou aos discípulos:
“Ide, portanto, fazei discípulos
de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.
E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século.” (Mateus
28:19,
20, ARA)
Pouco depois, seus discípulos presenciaram
sua ascensão ao céu (Atos 1:9-11). Porém,
ele prometeu voltar. É com grande expectativa que seus discípulos aguardam
este evento, pois quando Jesus voltar pela segunda vez será para ajuntar
seus discípulos a si, inaugurar o reino de Deus sobre esta terra, e ressuscitar
os mortos:
“Então
o sinal do Filho do Homem aparecerá no céu. Todos os povos da terra chorarão
e verão o Filho do Homem descendo nas nuvens, com poder e grande glória.”
(Mateus 24:30,
BLH)
“Não
vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos
sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição
da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação.” (João
5:28,
29, ARC)
Já que Jesus Cristo é o rei do Reino de Deus, podemos perguntar: Que tipo de pessoa ele é?
“Jesus, vendo-a chorar, e
chorar também os judeus que a acompanhavam, gemeu em espírito, perturbou-se
e perguntou: Onde o pusestes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê. Jesus chorou.”
(João 11:33-35, SBB)
Ele
ama as crianças:
“Então lhe trouxeram algumas
crianças para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos
os repreenderam. Jesus, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais
de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus.” (Mateus 19:13-14, IBB)
Ele pode curar os doentes e curar qualquer
doença:
“Uma grande multidão dirigiu-se
a ele, levando-lhe os mancos, os aleijados, os cegos, os mudos e muitos
outros, e os colocaram aos seus pés; e ele os curou.” (Mateus 15:30,
NVI)
Ele
pode trazer os mortos de volta à vida:
“Jesus ordenou: Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto:
Senhor, já cheira mal, pois há quatro dias que ele está aí... Respondeu-lhe
Jesus: Não te disse eu: Se creres, verás a glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra.
Levantando Jesus os olhos ao alto, disse: Pai, rendo-te graças, porque
me ouviste. Eu bem sei que sempre me ouves, mas falo assim por causa do
povo que está em roda, para que creiam que tu me enviaste. Depois destas
palavras, exclamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! E o morto saiu,
tendo os pés e as mãos ligados com faixas, e o rosto coberto por um sudário.
Ordenou então Jesus: Desligai-o e deixai-o ir.” (João 11:39-44, CBC)
Ele tem autoridade sobre as forças da natureza:
“E ele disse-lhes: Por que
temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos
e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.” (Mateus 8:26, ARC)
Ele
pode alimentar milagrosamente grandes multidões:
“Tendo mandado às multidões que se reclinassem sobre a relva, tomou
os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou;
e partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões.
Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram levantaram doze
cestos cheios.” (Mateus 14:19-20,
IBB)
A
ele foi dada toda a autoridade por Deus. Satanás não tem poder algum sobre
ele:
“Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda
a autoridade no céu e na terra.” (Mateus 28:18, NVI)
“Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste
mundo.” (João 12:31,
SBB)
“Doravante, eu já não falarei muito convosco, pois aproxima-se o príncipe deste mundo. Por certo, ele nada pode contra mim.” (João 14:30, TEB)
Jesus é a representação perfeita de seu Pai, Iavé, o Deus Todo-Poderoso,
e faz a vontade de seu pai:
“Ele é a imagem do Deus invisível,
o primogênito de toda a criação.” (Colossenses 1:15, NVI)
“Jesus respondeu-lhes: O meu
ensino não é meu, mas daquele que me enviou.” (João 7:16, SBB)
“E retirou-se outra vez para
orar: "Meu Pai, se não for possível afastar de mim este cálice sem
que eu o beba, faça-se a tua vontade".” (Mateus 26:42, NVI)
Sabemos
que Jesus tem um amor intenso pela humanidade, porque ele deu sua própria
vida por nós, embora não sejamos merecedores desta graça. Que contraste
com os governos do homem, que muitas vezes abusam de seus próprios cidadãos
e fazem guerras contra outros países! O governo de Deus sob o nosso rei
justo e salvador, Jesus Cristo, será um governo benevolente, que verdadeiramente
ama e cuida de seus súditos. Os muitos milagres que Jesus realizou são
apenas uma amostra do que ele vai fazer quando o Reino de Deus governar
sobre a terra.
Jesus
Cristo está bem vivo. Ele foi ressuscitado dentre os mortos por Deus,
seu Pai, e agora está assentado num trono ao lado do Pai. Ele tem grande interesse
em nós como indivíduos. Se acreditarmos que os governos deste mundo não
podem criar uma sociedade justa e pacífica, e se reconhecermos que somos
pecadores e imperfeitos, precisamos
ir a Jesus Cristo e pedir a ele para ser seu discípulo.
Por meio de Jesus Cristo, nós podemos adorar o Senhor, nosso Pai Celestial,
o Criador de todas as coisas:
“Mas a
hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.”
(João 4:23, ARC)
“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6:44, ARC)
Precisamos nos arrepender de nossos pecados, e pedir a Deus que nos perdoe em nome de Jesus. Então, devemos ser batizados
(imersos) em água para simbolizar a nossa dedicação a Cristo publicamente.
Note-se o aviso do apóstolo Pedro aos judeus do primeiro século:
“Saiba pois com certeza toda a casa
de Israel que a esse mesmo Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez
Senhor e Cristo. E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração,
e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Pedro
então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o
dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos
filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar.”
(Atos 2:36-39, IBB)
Observe
que se você se arrepender e for batizado em água em nome de Jesus Cristo,
você ‘receberá o dom do Espírito Santo.’
Este é o mesmo Espírito Santo que Jesus prometeu que seria dado a eles
algum tempo depois de sua morte e ressurreição:
“Certa ocasião, enquanto comia com eles, deu-lhes esta ordem: "Não
saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai, da qual lhes
falei. Pois
João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados
com o Espírito Santo".” (Atos 1:4-5)
O
Espírito Santo é o poder de Deus, que é dado aos discípulos de Jesus.
O Espírito Santo opera nas mentes e nos corações dos verdadeiros crentes,
ensinando-lhes as verdades da Palavra de Deus e iluminando o crente sobre
os propósitos e a vontade de Deus:
“A unção que dele recebestes, permanece em vós, e não tendes necessidade
de que alguém vos ensine; mas como a sua unção vos ensina em todas as
coisas, e ela é verdadeira e não mentirosa, e como ela vos ensinou, permaneceis
nele.” (1
João 2:27, SBB)
O
Espírito Santo une o crente a Jesus Cristo. Uma conexão espiritual é estabelecida
entre o coração e a mente do crente e seu Senhor. As Escrituras comparam
este arranjo com um corpo físico. Jesus Cristo é o cabeça deste corpo, e os
crentes individuais compõem o próprio corpo. De modo que os verdadeiros
cristãos funcionam como uma unidade sob seu líder e chefe, Jesus Cristo:
“Pois assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os
membros do corpo, embora muitos,
constituem um só corpo; assim também é Cristo. Em um só
Espírito fomos batizados todos nós em um só corpo, quer judeus, quer gregos,
quer escravos, quer livres; e a todos nós foi dado beber dum só Espírito.”
(1 Coríntios 12:12-13, SBB)
“Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele,
esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5, CBC)
É
importante que o novo crente progrida na verdade da palavra de Deus, a
Bíblia, pedindo o Espírito Santo para ajudar na compreensão e aplicação
desta verdade:
“Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus
filhos, quanto mais o Pai que está no céu dará o Espírito Santo a quem
o pedir!” (Lucas 11:13,
NVI)
Devemos
desejar ser boas testemunhas de Jesus Cristo e fazer esforço para nos
tornar cada vez mais semelhantes a Cristo em nossa personalidade e vida
diária. O Espírito Santo nos ajuda nisso:
“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade,
bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não
há lei. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas
paixões e os seus desejos.” (Gálatas 5:22-24, NVI)
“Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mateus 18:20, CBC)
Porém, uma palavra de cautela se faz necessária: Nem todos os que se autodenominam cristãos levam vidas verdadeiramente cristãs. Jesus indicou isso na parábola do joio e do trigo (Mateus 13). Devemos ser discernidores, mas não julgadores. Os princípios que seguem podem ajudar a encontrar outros cristãos sinceros para se associar.
Os verdadeiros cristãos:
· São motivados pelo amor cristão, baseado
em princípios. Eles estão sinceramente interessados em
ajudar seus vizinhos e seus irmãos e irmãs em Cristo. Desejam que todas
as pessoas venham a conhecer Deus como eles.
· Consideram a Bíblia como a autoridade final sobre
toda a doutrina, e não as tradições da igreja, os líderes da igreja, ou
sistemas teológicos criados pelos homens.
· Reconhecem apenas um líder supremo da congregação,
Jesus Cristo, e um Deus Todo-Poderoso, o Pai de nosso Senhor Jesus. Os
homens podem assumir posições de dianteira em uma igreja, mas eles são
servos de Cristo somente. Qualquer
homem ou igreja que tenta substituir a posição única de Cristo como cabeça
da congregação deve ser rejeitado.
· São firmes acerca da separação entre Igreja e Estado. Eles permanecem neutros nos conflitos deste mundo. Estão cientes de que só o Reino de Deus é que vai resolver os problemas deste mundo e aguardam o estabelecimento dele com grande expectativa.
· São servos humildes de Jesus Cristo. Não
estão interessados em glória para si mesmos, e sim em dar toda
a glória a seu Pai Celestial.
· Jamais tentam obrigar alguém a crer em alguma
coisa. Eles reconhecem que a crença deve ser voluntária, guiada pela consciência
de cada indivíduo.
Se você está procurando crentes cristãos com quem ter associação, ore a Deus em nome de Jesus, que você vai encontrar alguns. As orientações acima podem ajudá-lo, mas a melhor ajuda é o próprio Deus. Você também pode tentar começar um pequeno grupo em sua própria casa. Basta encontrar uma ou duas outras pessoas que estejam interessadas em estudar a Bíblia. Convide-as à sua casa para uma refeição. Orem juntos pelo perdão, pela sabedoria, pelas necessidades diárias, pela direção de Deus, uns pelos outros, e por aquelas pessoas que vocês sabem que estão precisando de ajuda. Leiam e considerem a Bíblia juntos, e apliquem o que vocês aprendem às suas próprias vidas. Compartilhem essas verdades com outros, e convide-os a se juntar ao grupo no seu lar. Cantem cânticos espirituais, e rendam graças e louvor ao nosso Pai Celestial, o Senhor, em nome de Jesus.
Na
noite de sua prisão, Jesus estava compartilhando a refeição da Páscoa
com seus discípulos.
A Páscoa era uma celebração anual em que os judeus se recordavam de sua
libertação do Egito sob a liderança de Moisés, e envolvia o abate e consumo
de um cordeiro por cada família em Israel. Naquela noite, Jesus instituiu
uma nova celebração, que substituiu a Páscoa, o memorial de sua morte,
e ordenou aos cristãos para mantê-lo. Jesus cumpriria a celebração da
Páscoa por tornar-se o Cordeiro Pascoal que salvaria não só os judeus
que cressem, mas toda a humanidade que depositasse fé nele.
“Quando
chegou a hora, Jesus e os seus apóstolos reclinaram-se à mesa. E disse-lhes:
‘Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer. Pois
eu lhes digo: Não comerei dela novamente até que se cumpra no Reino de
Deus’. Recebendo um cálice, ele deu graças e disse: ‘Tomem isto e partilhem
uns com os outros. Pois eu lhes digo que não beberei outra vez do fruto
da videira até que venha o Reino de Deus’. Tomando o pão, deu graças,
partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Isto é o meu corpo dado em
favor de vocês; façam isto em memória de mim’. Da mesma forma, depois
da ceia, tomou o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova aliança no meu
sangue, derramado em favor de vocês.’” (Lucas 22:14-20,
NVI)
Os cristãos continuam realizando esta celebração em memória da morte sacrificial de Jesus. Eles se reúnem regularmente para compartilhar o pão e o vinho em memória de seu Senhor. Alguns a observam anualmente, outros comemoram com mais freqüência. A Bíblia não é específica quanto à freqüência. O importante é que todos os cristãos a celebrem regularmente, meditando sobre o significado do pão (seu corpo) e o vinho (seu sangue sacrificial da nova aliança), enquanto aguardam pacientemente o retorno dele em glória, para estabelecer o reino de Deus sobre a terra.
Seis
mil anos de história provaram que a humanidade é incapaz de governar a
si mesma
de maneira eficaz. Só o Reino de Deus pode trazer um mundo justo e pacífico.
Deus pretende fazer isso, e Ele prometeu substituir os governos da Terra
por um reino dirigido por seu filho Jesus Cristo.
Todavia,
o problema do pecado permanece. Os seres humanos herdam o pecado e a imperfeição
de seus pais e por isso não são capazes de se associar com Deus diretamente.
Um mediador é necessário, e este mediador foi fornecido pelo próprio Deus,
na pessoa de seu filho, Jesus Cristo, que morreu como um sacrifício pelos
nossos pecados, mas que ressuscitou e agora está assentado à direita de
Deus no céu. Ele voltará no futuro para estabelecer o reino de Deus sobre
a terra, para ressuscitar os mortos, e trazer uma era de paz, justiça,
liberdade, retidão e adoração verdadeira, que nunca foi vista nesta terra
desde o princípio.
Se
acreditarmos nestas promessas registradas na Bíblia, então vamos nos tornar
discípulos de Jesus Cristo e transmitir a outros essas boas notícias.
Arrependamo-nos de nossos pecados e sejamos batizados em água como um
símbolo de nossa dedicação. Procuremos outros cristãos sinceros para ter
associação com eles. Celebremos o memorial da morte do nosso Senhor regularmente.
E, por fim, continuemos a orar como nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou:
“Pai nosso que estás nos céus; santificado seja o teu nome; venha o teu
reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu. O pão nosso
de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós
também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação,
mas livra-nos do mal.” (Mateus 6:9-13, SBB)
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Gordon Coulson. Traduzido e apresentado no Mentes Bereanas com permissão do autor.