‘Sou desassociada e meus parentes Testemunhas de Jeová não falam comigo. O que fazer?’

Ninguém deve ser obrigado a adorar a Deus de uma forma que ache inaceitável nem a escolher entre a religião e a família. (Revista Despertai! de julho de 2009, pág. 29)

Sou ex-Testemunha de Jeová e venho enfrentando uma divisão enorme na minha família, visto que parentes chegados não falam mais comigo. Como minha mãe nunca foi Testemunha, ela sofre muito com essa situação. Não sei até que ponto um membro da família não pode se relacionar com outro que é desassociado.

Eu não encontro nada que possa me explicar por que um parente chegado não pode nem me falar ‘oi’. Quando vou visitar minha mãe na casa dela, preciso ligar antes para saber se eles não estão lá, para não encontrá-los. Isso tem acabado com nossa família. Eles não frequentam mais as reuniões familiares quando sabem que eu estarei lá.

Eu fico me perguntando: Até que ponto vale uma religião acima da própria família? Será que Jeová Deus está feliz com essa situação? Eu não acredito que esteja. Para mim eles pregam um Deus mau, e eu não acredito que Deus seja assim. Estou num período muito triste da minha vida e minha mãe também.

Gostaria da resposta de vocês com o intuito de questionar estes meus parentes próximos com base na Bíblia. Quero saber onde está na Bíblia que não se pode falar nem com quem é da família. Não suporto mais essa situação.

Desde já agradeço muito a atenção.

RESPOSTA:

Responderemos sua comunicação ponto por ponto, seguindo a mesma sequência da mensagem: 

“Não sei até que ponto um membro da família não pode se relacionar com outro que é desassociado.”

Vamos verificar o que dizem as publicações oficiais da organização Torre de Vigia (os grifos são nossos): 

1 – Revista A Sentinela de 15 de janeiro de 1971, pág. 63:

“Mas a questão primária em consideração tem que ver com um parente fora da própria família, alguém que não mora na mesma casa. É possível manter algum contato?

Novamente, a desassociação não cortou os laços de carne e sangue, mas o contato, nesta situação, se de todo necessário, é muito mais raro do que entre pessoas que moram na mesma casa. Contudo, pode haver alguns assuntos familiares absolutamente necessários que exigem comunicação, tal como a legalização dum testamento ou duma propriedade. Mas deve-se fazer o parente desassociado compreender que a sua situação mudou, que não mais é bem-vindo no lar, nem é companheiro preferido.

Tal proceder é tanto bíblico como razoável. Conforme vimos, Deus aconselha os cristãos a ‘cessar de ter convivência’ com tal pessoa, “nem sequer comendo” com ela. Instrui também os cristãos a ‘nunca recebê-la no seu lar, nem a cumprimentar’. Se as comunicações sociais, normais, entre parentes fossem mantidas com este desassociado, algo que não é necessário, visto que mora fora do lar, obedeceria o cristão a Deus?”

2 – Livro Organização Para Pregar o Reino e Fazer Discípulos (1972)pág. 171: 

“Em fidelidade a Deus, nenhum dos da congregação deve cumprimentar tais pessoas (que saem) ao se encontrar com elas em público, nem deve acolhê-las no seu lar. Até mesmo parentes consangüíneos, que moram no mesmo lar com o parente desassociado, por darem mais valor às relações espirituais do que as carnais, evitam tanto quanto possível o contato com tal parente desassociado“.

3 – Revista A Sentinela de 15 de dezembro de 1981, pág. 25:

“A segunda situação que temos de considerar é a que envolve um parente desassociado ou dissociado que não é do círculo familiar imediato, nem vive no mesmo lar. Tal pessoa ainda está aparentada por sangue ou casamento, e por isso poderá haver necessidade limitada de cuidar de assuntos familiares necessários. Não obstante, não é o mesmo como se vivesse na mesma casa, onde não se podem evitar o contato e a conversação. Devemos ter bem em mente a orientação inspirada da Bíblia: “[Cessai] de ter convivência com qualquer que se chame irmão, que for fornicador, ou ganancioso…, nem sequer comendo com tal homem.” — 1 Cor. 5:11.

Portanto, cristãos aparentados com um desassociado que não vive na mesma casa devem esforçar-se a evitar a associação desnecessária, mantendo até mesmo os negócios reduzidos ao mínimo.

Embora estas revistas e este livro que citamos tenham saído de circulação há muitos anos, isso não quer dizer que a posição dos líderes das Testemunhas de Jeová para com as pessoas desassociadas tenha mudado. Embora hoje em dia evitem pronunciamentos tão incisivos como os acima, eles continuam fomentando essa mesma atitude, por publicar exemplos de Testemunhas de Jeová que seguem à risca esta norma. A maneira de agir dessas Testemunhas é sempre aprovada e louvada. As duas citações que seguem são exemplos disso:

4 – Revista Despertai! de 22 de agosto de 1987, pág. 13:

“Foi por volta dessa época que aconteceu a coisa mais triste de minha vida. Minha irmã, Margaret, e o noivo dela foram desassociados da congregação cristã. Foi uma época de cortar o coração, pois, agora, rompera-se aquele vínculo incomumente íntimo entre eu e Margaret, desde a morte de nossa mãe. Eu sabia que mamãe estava guardada na memória de Jeová, um lugar bem seguro de se estar. Mas, minha irmã — pelo menos naquele momento — tinha perdido a aprovação de Jeová. Eu precisei suplicar fervorosamente a Jeová que me ajudasse a vencer meu abatimento, de modo a poder servi-lo com certa alegria, e Ele respondeu à minha oração.

Cortar inteiramente toda associação com Margaret testou nossa lealdade ao arranjo de Jeová. Forneceu à nossa família a oportunidade de mostrar que realmente cremos que o modo de Jeová agir é o melhor. Para nossa alegria, cerca dois anos depois, Margaret e seu marido foram readmitidos na congregação. Pouco compreendíamos então o poderoso efeito que nossa posição resoluta tinha exercido sobre eles, conforme Margaret me contou mais tarde:

“Se você, papai, ou Bev[erley] não tivessem encarado com seriedade a nossa desassociação, estou certa de que eu não teria dado os passos para a readmissão assim tão cedo. Sentir-me totalmente afastada dos entes queridos e do íntimo contato com a congregação criou em mim um forte desejo de arrepender-me. Por ficar isolada, vim a compreender quão errado era mesmo o meu proceder, e quão sério foi dar as costas para Jeová.”

5 – Periódico Nosso Ministério do Reino, agosto de 2002, pág. 4:

“Depois de ouvir um discurso numa assembléia de circuito, um irmão e sua irmã carnal se deram conta de que precisavam mudar o modo como tratavam a mãe, que morava em outro lugar e havia sido desassociada seis anos antes. Logo depois da assembléia, o irmão ligou para a mãe e, depois de reafirmar seu amor por ela, explicou que não falaria mais com ela, a não ser que um assunto familiar importante exigisse esse contato. Pouco depois, a mãe começou a assistir às reuniões e, com o tempo, foi readmitida. Também, o marido dela, um descrente, passou a estudar e com o tempo foi batizado.”

“Eu não encontro nada que possa me explicar por que um parente chegado não pode nem me falar ‘oi’. Quando vou visitar minha mãe na casa dela, preciso ligar antes para saber se eles não estão lá para não encontrá-los. Isso tem acabado com nossa família. Eles não frequentam mais as reuniões familiares quando sabem que eu estarei lá.”

É importante lembrar que nem todas as Testemunhas de Jeová levam a sério essas ordens severas da liderança quanto a não falar com parentes desassociados. Provavelmente esta é uma das razões de a Torre de Vigia enfatizar isso constantemente nas publicações, como vimos nos exemplos acima. Pelo que você está nos dizendo, seus parentes estão entre as Testemunhas que seguem essa norma organizacional à risca. Não é que seus parentes agora lhe odeiem. Tenha sempre em mente que este procedimento deles nada mais é que um dos muitos subprodutos do exclusivismo religioso. Ensina-se repetidamente às Testemunhas de Jeová que só a organização delas é a aprovada por Deus, só os que têm associação com a Torre de Vigia serão salvos e qualquer pessoa na terra que não estiver dentro desta organização não é um verdadeiro cristão. Quando uma Testemunha de Jeová vai pregar de porta em porta, ela faz isso com a ideia de que estará levando “a verdade” aos moradores. Os moradores não sabem nada sobre essa “verdade”. Por maior que seja o conhecimento bíblico e geral do morador que a atenda, a Testemunha está lá para ensinar, não para aprender alguma coisa. Os moradores devem ouvi-la, e qualquer que seja a religião que os moradores tenham, é necessariamente uma “religião falsa”. A “religião verdadeira” é a dela, e só a dela. Enquanto uma Testemunha de Jeová estiver convencida de tudo isso, essa Testemunha acatará todos os ensinos de seus líderes, como se fosse o próprio Deus quem estivesse ensinando.

Quando você diz “não encontro nada que possa me explicar por que um parente chegado não pode nem me falar oi”, esse “nada” só é válido em termos da Bíblia. Realmente, dentro da Bíblia você jamais poderá encontrar uma norma assim. Enfatizamos que estas normas existem unicamente nas publicações da organização. Observe o que diz mais esta citação:

6 – A Sentinela de 15 de dezembro de 1981, pág. 27:

“Naturalmente, quando um parente chegado é desassociado, as emoções humanas podem ser uma grande prova para nós. Os sentimentos e os laços familiares são especialmente fortes entre pais e filhos, e são também poderosos quando um cônjuge é desassociado. Ainda assim, temos de reconhecer que, afinal de contas, não beneficiaremos a ninguém, nem agradaremos a Deus, se permitirmos que as emoções nos levem a desconsiderar o Seu conselho e orientação sábios.”

De modo que o que está influenciando o pensamento de seus parentes não é a Bíblia, e sim declarações desse tipo. Para eles, cortar completamente a associação com você é uma questão de lealdade a Deus. E, pelo que fica claro nas citações 4 e 5, acima, a ideia básica por trás de isolar o desassociado é fazê-lo voltar para a organização. 

“Eu fico me perguntando: Até que ponto vale uma religião acima da própria família? Será que Jeová Deus está feliz com essa situação? Eu não acredito que está. Para mim eles pregam um Deus mau, e eu não acredito que Deus seja assim. Estou num período muito triste da minha vida e minha mãe também.”

Depois você disse:

“Quero saber onde está na Bíblia que não se pode falar nem com quem é da família. Não suporto mais essa situação.”

Entendemos os seus sentimentos, mas queremos manter em foco esta última questão que você colocou. Será que Deus exige mesmo isso? Podemos encontrar na Bíblia esta norma?

O problema dessa política da “desassociação”, imposta às Testemunhas de Jeová por seus líderes, é que ela se baseia em entendimento errado de alguns trechos bíblicos relacionados com a associação cristã. Vamos considerar aqui dois trechos bíblicos que são geralmente usados em conexão com essa doutrina:

Texto 1:

“Eu vos escrevi na minha carta que cesseis de manter convivência com fornicadores, não [querendo dizer] inteiramente com os fornicadores deste mundo, ou [com] os gananciosos e os extorsores, ou [com] os idólatras. Senão teríeis realmente de sair do mundo. Mas, eu vos escrevo agora para que cesseis de ter convivência com qualquer que se chame irmão, que for fornicador, ou ganancioso, ou idólatra, ou injuriador, ou beberrão, ou extorsor, nem sequer comendo com tal homem.” (1 Coríntios 5: 9-11)

Está esse texto dizendo que não se deve falar com essas pessoas? A resposta é “não”. O texto fala em “manter convivência.” A liderança da Torre de Vigia costuma argumentar que dizer um “oi” para uma pessoa é o primeiro passo para uma amizade. No geral isso é verdade, mas não necessariamente. Na vida diária, é correto dizer que a maioria das pessoas a quem cumprimentamos no dia a dia, ou com quem trocamos algumas palavras momentâneas numa situação qualquer, não se tornará nosso amigo, ou alguém com quem teremos convivência frequente, ao ponto de convidar à nossa casa para uma refeição. Além do mais, o texto é claro: ele fala de pessoas que se dizem ‘irmãos’, ou seja, professam a fé cristã, mas praticam abertamente essas coisas erradas. Nenhum cristão que preza suas crenças, desejaria convivência cristã com esse tipo de pessoa que o texto descreve. De fato, ter convivência com pessoas assim poderia até mesmo prejudicar o cristão, e de muitas maneiras.

Texto 2:

“Se alguém se chegar a vós e não trouxer este ensino, nunca o recebais nos vossos lares, nem o cumprimenteis. Pois, quem o cumprimenta é partícipe das suas obras iníquas.” (2 João 10, 11)

É verdade que este texto fala em ‘não cumprimentar’. Mas em que contexto isso deve ser entendido? Será que é em sentido absoluto, envolvendo toda e qualquer situação? A Torre de Vigia impõe essa ideia às Testemunhas de Jeová. O problema é que, ao fazerem isso, estão desconsiderando totalmente qual era a situação dos cristãos no primeiro século. O momento em que se consideravam ensinos era nas reuniões que eles faziam entre si, e estas eram realizadas nos lares dos cristãos. É claro que se alguém comparecesse a uma dessas reuniões com o intuito de trazer alguma ideia diferente do que Jesus tinha ensinado, o dono da residência não tinha obrigação alguma de receber essa pessoa em seu lar e cumprimentá-la cordialmente, desejando-lhe a paz de Cristo. Se o cristão dono da casa fizesse isso, estaria realmente comungando com as “obras iníquas” da pessoa que estava promovendo o ensino divergente. De modo que este texto não está falando de cumprimentos normais, que se dão no dia a dia. A situação descrita aqui é específica, relacionando-se às reuniões cristãs realizadas nos lares.

Por fim você disse:

“Gostaria da resposta de vocês com o intuito de questionar estes meus parentes próximos com base na Bíblia.”

Agora teremos de ser francos e diretos com você. Se sua ideia é um dia restabelecer algum contato com seus parentes Testemunhas, não faça isso de maneira alguma!

Conforme já lhe lembramos acima, as Testemunhas de Jeová são o tempo todo condicionadas a pensar que a religião delas é a única verdadeira e Deus despreza todas as demais. Elas não consideram nenhuma pessoa que está fora da organização delas como cristã genuína. E se você foi Testemunha por algum tempo, sabe também que elas encaram os desassociados e dissociados como estando numa situação ainda pior do que quem nunca foi Testemunha de Jeová. Em outras palavras, enquanto as pessoas de outras religiões não são cristãs verdadeiras por não seguirem a “verdade” ensinada pela Torre de Vigia, os que são dissociados e desassociados não são cristãos por um “decreto oficial” dessa mesma Torre de Vigia.

Agora, imagine você, que nem é considerada mais como cristã por esses seus parentes, querer agora ‘questioná-los usando a Bíblia’, como você disse que quer fazer. Na visão deles, isso seria um verdadeiro disparate! Se as Testemunhas não aceitam serem ensinadas nem mesmo por cristãos exemplares que pertencem a outras religiões, você acha que elas aceitariam que um desassociado tentasse ensinar alguma coisa a elas? Se você disse que eles seguem as normas organizacionais dessa maneira, eles não só vão se recusar a ouvi-la, como ainda poderão até considerá-la como uma promotora de “idéias apóstatas”. Por mais certa que você esteja, qualquer tentativa sua de raciocinar com eles com base na Bíblia é inútil. O resultado será um afastamento ainda maior por parte deles.

A melhor recomendação que podemos lhe dar é: mantenha uma postura tranquila e tente ser tolerante. Algumas Testemunhas precisam de muito tempo para começar a entender certas realidades sobre a organização delas. Não podemos garantir que esta coisa acontecerá um dia com esses seus parentes, mas isso não é impossível. O que pode lhe ajudar a cultivar essa paciência é o seguinte:

– Manter sempre em mente que a culpa não é dos seus parentes. O fator principal que os leva a ter essa atitude para com você é o conjunto de ensinos da organização, que domina completamente o pensamento deles.

– Ter em mente também que o seu caso é brando em comparação com o de muitos outros expulsos da organização. Você disse que ‘não suporta mais essa situação’, e não desconsideramos isso. Mas disse também que pelo menos seus pais falam com você. Algumas pessoas que foram desassociadas se viram da noite para o dia totalmente isoladas do resto da família e dos amigos. Foram desprezadas por todos os seus parentes próximos, inclusive pelos pais. Esta é uma situação realmente difícil e nenhuma pessoa normal deseja isso. Mas essas pessoas têm encontrado consolo nas seguintes palavras: “Ainda que me abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá.” (Salmo 27:10, NVI)

Os humanos podem falhar para conosco, mas a atitude de Deus jamais mudará para com aqueles que são sinceros diante dele. Quanto aos homens, embora a atitude de muitos deles seja influenciada negativamente por idéias de outros, pode também acontecer o contrário; as atitudes com o passar do tempo podem mudar para melhor. Esperamos que isso ainda venha a acontecer no caso de seus parentes. 

ADENDO:

Poucos dias depois de termos enviado esta resposta à leitora, tomamos conhecimento de outra matéria, na qual foi reafirmada esta posição quanto aos parentes desassociados. A revista A Sentinela de 15 de abril de 2012 (Edição de Estudo) disse na página 12 (sob o tópico “Permaneça Leal a Jeová”, parágrafos 16 e 17 – os grifos e sublinhados são nossos):

“Há membros da congregação que cometeram pecados graves e foram repreendidos ‘com severidade, para serem sãos na fé’. (Tito 1:13) Alguns, por causa de sua conduta sem arrependimento, tiveram de ser desassociados. Para os “que têm sido treinados por ela”, a disciplina os ajudou a se recuperarem espiritualmente. (Heb. 12:11) Que dizer se um parente ou um grande amigo nosso for desassociado? Nesse caso, a nossa lealdade será provada, não a lealdade a essa pessoa, mas a Deus. Jeová nos observará para ver se acatamos, ou não, seu mandamento de não ter contato com nenhum desassociado. — Leia 1 Coríntios 5:11-13.

Vejamos apenas um exemplo do bem que pode resultar de a família apoiar lealmente a ordem de Jeová de não se associar com parentes desassociados. Certo jovem estava desassociado havia mais de dez anos e, durante esse período, seu pai, mãe e quatro irmãos ‘cessaram de ter convivência’ com ele. Às vezes, ele tentava se envolver nas atividades da família, mas, para crédito dela, todos os seus membros evitaram firmemente qualquer contato com ele. Já readmitido, ele disse que sentia muita falta da associação com a família, em especial à noite, quando ficava sozinho. Mas ele admitiu que, se a família tivesse se associado com ele, mesmo só um pouco, essa pequena dose o teria satisfeito. No entanto, ele não recebeu nem mesmo a menor comunicação de qualquer membro da família. Assim, seu forte desejo de estar com seus familiares contribuiu para a restauração de sua relação com Jeová. Pense nisso se algum dia você for tentado a violar o mandamento divino de não se associar com parentes desassociados.”


Encaminhamos este trecho à leitora como um exemplo adicional da posição defendida pela organização. Não houve qualquer abrandamento por parte da liderança da Torre de Vigia. Como no caso dos trechos citados na resposta original (acima), este pronunciamento da
Sentinela de 2012 deixa claro que o ensino desta liderança continua exatamente o mesmo que já vem sendo transmitido há décadas:

– As Testemunhas de Jeová são proibidas de terem contato com pessoas que foram desassociadas (excomungadas) de sua organização, incluindo parentes próximos.

– Isso não é apresentado a elas como uma diretriz organizacional e sim como uma “ordem” ou “mandamento” do próprio Deus.

É a esta norma que todas as Testemunhas de Jeová devem obedecer sem questionar, sendo isso o que as orienta quanto ao tratamento a ser dado aos seus parentes chegados que porventura tenham sido desassociados da organização.

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